Igreja de pastor que pediu assinatura ao “Aliança” informa que não apoia partidos
Cúpula da Igreja Presbiteriana do Brasil divulgou nota sinalizando contrariedade à articulação| Foto: Reprodução/ Redes sociais
Eduardo Marques
Após um pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB) abrir o templo para coletar assinaturas, em prol da criação do partido do presidente Jair Bolsonaro, a cúpula da instituição divulgou nota na manhã desta quarta-feira (29) sinalizando contrariedade à articulação.
O reverendo Emerson Patriota “desafiou” membros da Igreja Presbiteriana Central de Londrina, no norte do Paraná, a assinarem a lista de apoio à criação do Aliança pelo Brasil. O movimento foi organizado pelo deputado federal Filipe Barros (PSL-PR), aliado de Bolsonaro e membro da IPB.
No comunicado, a cúpula da igreja informou que a instituição “não é apolítica” e tem compromisso histórico com a democracia, mas afirmou que “em nenhum momento apresentou ou apresenta apoio a qualquer partido político”. Após o movimento do pastor, a instituição foi pressionada para se posicionar oficialmente.
“Em resolução de sua reunião ordinária em 1990, o Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil orienta seus concílios em geral que evitem apoio ostensivo a partidos políticos e que as igrejas não cedam seus templos ou locais de culto a Deus para debates ou apresentações de cunho político”, diz a nota.
A cúpula da IPB também informou que a opinião pessoal de membros ou pastores não refletem o posicionamento oficial da instituição.