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domingo, 24 de novembro de 2024
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Incentivo

Grécia oferece subsídio de dois mil euros por cada bebê nascido

Medida surge como resposta às projeções de envelhecimento e redução da população| Foto: Divulgação

Postado em 4 de fevereiro de 2020 por Redação
Grécia oferece subsídio de dois mil euros por cada bebê nascido
Medida surge como resposta às projeções de envelhecimento e redução da população| Foto: Divulgação

O Governo grego aprovou uma lei que concede um abono de 2 mil euros por cada criança nascida no país a partir de 1º de janeiro de 2020. A medida surge como resposta às projeções de envelhecimento e redução da população.

O Governo pretende dar apoio aos futuros pais durante os primeiros anos de vida do filho. O benefício vai ser pago em duas parcelas anuais e está disponível para qualquer família cujos rendimentos anuais não excedam os 40 mil euros.

A nova medida indica redução de um terço da população grega nos próximos 30 anos. As estatísticas mostram uma redução muito acentuada da taxa de natalidade, de acordo com o jornal britânico The Guardian.

Segundo o Eurostat, (Serviço de Estatística da União Europeia) até 2050, cerca de 36% da população grega vai ter mais de 65 anos, uma previsão que preocupa o Governo, devido às implicações na força de trabalho.

“As pessoas podem pensar que esta é uma questão de orgulho nacional, mas na verdade é uma questão de preservação nacional. As altas taxas de produtividade estão associadas às populações jovens e não ao envelhecimento ativo, por isso este assunto deve ser uma prioridade do crescimento econômico. Tudo isto fica pior, quando olhamos para o estado difícil do nosso sistema de pensões”, afirmou a vice-ministra do Trabalho e dos Assuntos Sociais, Domma Michailidou.

Entre 2010 e 2015, quando a taxa de desemprego atingiu os 28%, cerca de 500 mil pessoas deixaram o país para procurar emprego. “A maioria eram jovens profissionais, agora estabelecidos em zonas mais prósperas do continente Europeu, dos Estados Unidos, Canadá e Austrália”, declarou Michailidou.

“Ter 5% da nossa população mais instruída e que está em idade reprodutiva fora do país agravou muito a nossa situação”, acrescentou a ministra do Trabalho e dos Assuntos Sociais grega.

Durante a crise, a Grécia perdeu cerca de um quarto da sua produção econômica, e sofreu um corte de 40% no orçamento da saúde e, consequentemente, as taxas de natalidade diminuiram consideravelmente.

“A grande queda no financiamento e o efeito nos serviços médicos criaram muita insegurança nas mulheres”, afirmou Stefanos Chandakas, ginecologista.

O bônus para a taxa de natalidade irá custar ao Governo cerca de 180 milhões de euros por ano, o equivalente a 0,1% do PIB (Produto Interno Bruto) e estará disponível para qualquer estrangeiro que resida no país há pelo menos 12 meses, uma medida que não foi vista com bons olhos por alguns membros do Governo de Kyruakos Mitsotakis. (Agência Brasil) 

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