Da Redação*

A Secretaria de Estado da Educação (Seduc) informou que foi aprovado o atendimento especializado para todos os alunos com deficiência na rede estadual de ensino de Goiás. A pasta frisou ainda a adoção de um sistema eletrônico, que gerará um banco de dados constando todas as informações necessários para subsidiar as escolas.

Nesse contexto, foram aprovados mais de 9 mil laudos médicos de estudantes da Educação Especial no Estado, que serão analisados por meio do sistema eletrônico. Antes, o controle era realizado manualmente. 

Segundo a gerente de Educação Especial, Mércia Rosana Chavier, a partir da aprovação dos laudos médicos, comprovando e especificando a deficiência de cada aluno, a Seduc deve organizar e atender as demandas por materiais didáticos, como recursos de acessibilidade e profissionais da Educação Especial, de apoio, intérpretes, guias e higienizadores. 

“Toda essa análise, agora, será feita por meio de sistema eletrônico e essa base de dados vai permanecer para subsidiar todos os serviços que esse aluno vier a precisar”, explicou a gerente de Educação Especial.

Até o momento, já foram analisados 12 mil laudos médicos, que foram enviados pelas escolas e filtrados pelas Coordenações Regionais de Educação (CREs). A pasta informou que a grande quantidade de laudos se explica pela inauguração do sistema eletrônico, que gerou a necessidade de todos os alunos com deficiência da rede estadual de ensino enviarem os documentos para a secretaria. 

Por outro lado, a partir do ano que vem apenas alunos novatos precisarão apresentar os laudos médicos. Uma vez que com o novo sistema, a Seduc passa a contar com um banco de dados detalhado de todos os alunos da rede estadual de ensino com alguma deficiência.

Atendimento

Cada profissional pode atender até no máximo seis alunos, de uma mesma turma ou de duas turmas diferentes. No entanto, há casos em que o acompanhamento precisa ser exclusivo e individual, conforme as necessidades do estudante. 

A gerente esclareceu que nem todos os alunos que tiveram os laudos aprovados terão acompanhamento de um profissional, porém todos receberão suporte educacional, com materiais didáticos e recursos de acessibilidade. Para Mércia, um aluno com baixa visão, por exemplo, não requer um profissional de apoio, mas precisa de ampliação de material, com letras em fonte maior, e Atendimento Educacional Especializado (AEE).

“Se a professora estiver falando de relevo, ele pode não entender porque não enxerga bem. A professora pode ensinar, com massa de modelar, com argila, o que é relevo, o que é planalto, o que é planície. Esses são recursos metodológicos, dentro da sala de AEE, para ele compreender o conteúdo”, argumentou a gerente.