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quarta-feira, 27 de novembro de 2024
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Mudanças

Governo confirma André Mendonça no Ministério da Justiça e Alexandre Ramagem no comando da PF

André Mendonça passa a ocupar o comando do ministério com a saída de Sergio Moro e Alexandre Ramagem a chefia da PF no lugar de Maurício Valeixo| Foto: Reprodução/ José Cruz/ Agência Brasil

Postado em 28 de abril de 2020 por Redação
Governo confirma André Mendonça no Ministério da Justiça e Alexandre Ramagem no comando da PF
André Mendonça passa a ocupar o comando do ministério com a saída de Sergio Moro e Alexandre Ramagem a chefia da PF no lugar de Maurício Valeixo| Foto: Reprodução/ José Cruz/ Agência Brasil

Eduardo Marques* 

André Luiz de Almeida Mendonça e Alexandre Ramagem Rodrigues são nomeados ministro da Justiça e Segurança Pública e diretor-geral da Polícia Federal (PF), respectivamente. Os decretos assinados pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, estão publicados no Diário Oficial da União desta terça-feira (28). André Mendonça passa a ocupar o comando do ministério com a saída de Sergio Moro e Alexandre Ramagem a chefia da PF no lugar de Maurício Valeixo.

Valeixo, juntamente com o ex-ministro Moro protagonizaram a cadeia de eventos que culminaram na exoneração de ambos por Jair Bolsonaro. Em uma coletiva de demissão, Sergio fez graves acusações contra o presidente da República, segundo o qual teria pressionado pela obtenção de informações de caráter sigiloso oriundas de investigações conduzidas pela PF até então comandada por Maurício. Exoneração de Valeixo, ocorrida supostamente sem diálogo e sem assinatura de Moro – a qual, de como sugere ele, foi falsificada – colocou um ponto final na relação de Bolsonaro e Moro.

Jair, segundo Moro, já havia pressionado pela troca de Valeixo por Ramagem, mas Sergio ainda impunha obstáculos, já que Maurício havia sido indicação sua. Em sua saída do ministério, Moro expôs troca de mensagens com a deputada Carla Zambelli (PSL-SP), que tenta convencê-lo a aceitar o nome de Ramagem – amigo da família Bolsonaro – para o comando da PF em troca de apoio para uma indicação do ex-juiz federal ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Justiça e Segurança Pública

André Mendonça, de 46 anos, é natural de Santos, em São Paulo, advogado, formado pela faculdade de direito de Bauru (SP). Ele também é doutor em estado de direito e governança global e mestre em estratégias anticorrupção e políticas de integridade pela Universidade de Salamanca, na Espanha; é pós-graduado em direito público pela Universidade de Brasília.

É advogado da União desde 2000, tendo exercido, na instituição, os cargos de corregedor-geral da Advocacia da União e de diretor de Patrimônio e Probidade, dentre outros. Recentemente, na Controladoria-Geral da União (CGU), como assessor especial do ministro, coordenou equipes de negociação de acordos de leniência celebrados pela União e empresas privadas. André também é pastor na Igreja Presbiteriana Esperança, em Brasília. 

Polícia Federal 

Alexandre Ramagem, que exercia o cargo de diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), é graduado em direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Ingressou na Polícia Federal (PF) em 2005 e atualmente é delegado de classe especial. Sua primeira lotação foi na Superintendência Regional da PF no estado de Roraima.

Em 2007, ele foi nomeado delegado regional de Combate ao Crime Organizado. Ramagem foi transferido, em 2011, para a sede do PF em Brasília, com a missão de criar e chefiar Unidade de Repressão a Crimes contra a Pessoa. Em 2013, assumiu a chefia da Divisão de Administração de Recursos Humanos e, a partir de 2016, passou a chefiar a Divisão de Estudos, Legislações e Pareceres da PFl.

Em 2017, tendo em conta a evolução dos trabalhos da operação Lava-Jato no Rio de Janeiro, Ramagem foi convidado a integrar a equipe de policiais federais responsável pela investigação e Inteligência de polícia judiciária no âmbito dessa operação. A partir das atividades desenvolvidas, passou a coordenar o trabalho da PF junto ao Tribunal Regional Federal da 2ª Regional, com sede no Rio de Janeiro.

Em 2018, assumiu a Coordenação de Recursos Humanos da Polícia Federal, na condição de substituto do diretor de Gestão de Pessoal. Em razão de seus conhecimentos operacionais nas áreas de segurança e Inteligência, assumiu, ainda em 2018, a Coordenação de Segurança do então candidato e atual presidente da República, Jair Bolsonaro.

Novo advogado-geral da União

O atual procurador-geral da Fazenda Nacional, José Levi, foi escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro para ser o novo advogado-geral da União. A nomeação foi publicada nesta terça-feira (28) no Diário Oficial da União. Levi vai para a vaga de André Mendonça, que foi nomeado como novo ministro da Justiça.

O novo advogado-geral da União é bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e mestre e doutor em Direito do Estado pela Universidade de São Paulo (USP). 

*Com informações da Agência Brasil 

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