Caiado diz que novo decreto vai liberar só farmácias e setor de produção de alimentos
Governador afirma que medida mais dura visa aumentar índice de isolamento social e revela que não irá seguir decreto presidencial sobre serviços essenciais
Da Redação*
O governador Ronaldo Caiado (DEM) afirmou nesta terça-feira (12) que vai baixar um novo decreto mais “rígido” em relação ao coronavírus e vai liberar somente serviços que ele considera essenciais, como supermercados e farmácias. O documento, ainda sem data para ser publicado, deve ser nos moldes do que foi editado em 13 de março, que determinou situação de emergência em saúde pública.
Caiado disse que a medida é importante para voltar a aumentar o índice de isolamento no estado e , assim, evitar a disseminação de coronavírus. Goiás já teve a maior quantidade de pessoas em casa no país, mas foi diminuindo a restrição e, agora, está entre os últimos estados em um ranking feito com base em dados de celulares.
Em relação se a situação no Estado voltaria a ser como a estipulada no primeiro decreto, em março, Caiado respondeu: “Exatamente, voltará a ser apenas a parte essencial. Agora, com muito mais estrutura, com toda minha área de Segurança Pública”, disse o governador à CBN Goiânia.
O governador afirmou que o decreto está sendo redigido “rapidamente”. Assim que o documento entrar em vigor, ele espera que o isolamento social volte a se aproximar dos 60%.
“Vamos baixar um decreto mais rígido e vamos fazer com que haja um fechamento significativo das atividades econômicas, prevalecendo apenas o que é essencial mesmo, o que significa hospitais, drogarias, supermercados e transformação de alimentos”, enumerou.
O governador afirmou que o novo decreto deve ter prazo de 10 a 15 dias. Neste período, vai avaliar a situação dos casos de coronavírus no estado para decidir sobre novas regras de combate à pandemia.
Decreto presidencial
Caiado foi questionado se irá seguir o decreto do presidente Jair Bolsonaro, publicado na segunda-feira (11), o qual inclui na lista de “serviços essenciais” atividades de salões de beleza, barbearias e academias de esportes.
O governador afirmou que “não tem a menor hipótese” de acompanhar a decisão de Bolsonaro e fez críticas, especialmente, à liberação de funcionamento das academias de ginástica.
“De maneira alguma [irei seguir o decreto presidencial]. As exceções são em relação a farmácias, aos hospitais, a área de alimentação, de indústrias de transformação. É unicamente isso neste momento”, pontua.
*Com informações da CBN Goiânia