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quinta-feira, 16 de janeiro de 2025
Em nota

Representantes dos hospitais privados afirmam operar com até 80% dos leitos vazios

A associação afirma que está há três semanas aguardando uma reunião com o Governador de Goiás, mas não obtém resposta – Foto: Divulgação

Postado em 13 de maio de 2020 por Redação
Taxa de ocupação dos leitos de UTI em Goiânia chega a 97%
Situação da rede privada de saúde da Capital é "bastante crítica"

Igor Afonso

Nesta quarta-feira (13) a Associação dos Hospitais Privados
de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) publicou uma nota de esclarecimento
à população sobre a atual situação do setor hospitalar privado goiano.

No documento, a associação afirma que “busca esclarecer a
população sobre inverdades que vêm sendo veiculadas durante essa pandemia e que
só contribuem para gerar pânico entre as pessoas, comprometendo a assistência a
quem necessita dos cuidados médico-hospitalares”.

Na nota, a associação disponibiliza dados de que atualmente,
os hospitais privados estão funcionando com uma ociosidade que chega a 80% em
algumas unidades. Ou seja, a maior parte dos leitos está vazia devido à redução
por parte de atendimentos eletivos e à baixa procura por parte e pacientes suspeitos
de Covid-19.

Já nas unidades de Pronto-socorro, o atendimento dos
hospitais associados caiu, em média, 50% desde o início da pandemia.  E nos hospitais associados que possuem leitos
de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) contabilizam 500 leitos, destes, 100
foram disponibilizados exclusivamente para atendimentos de Cocid-19. Atualmente
a médica de ocupação destes leitos é de 20%.

Por fim, a associação afirma que todos os cuidados de
higienização e proteção dos pacientes e profissionais de saúde vêm sendo
adotados com rigor pelos hospitais associados. Além de ressaltar que as
emissões de atestados de óbito seguem rigorosamente as determinações contidas
nas “orientações para codificação das causas de morte no contexto da Covid-19”
elaboradas pelo Ministério da Saúde.

Confira a nota na íntegra:

Buscando esclarecer a população
sobre inverdades que vêm sendo veiculadas durante essa pandemia e que só
contribuem para gerar pânico entre as pessoas, comprometendo a assistência a
quem necessita de cuidados médico-hospitalares, a Associação dos Hospitais
Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) esclarece que:

Leitos vazios – Atualmente, os hospitais
privados estão funcionando com uma ociosidade que chega a 80% em algumas unidades.
Ou seja, a maior parte dos leitos está vazia devido à redução de atendimentos
eletivos e à baixa procura por parte de pacientes com casos suspeitos ou
confirmados de Covid-19. Portanto, neste momento, não há risco de colapso da
rede.

Pronto-socorro – O atendimento nos
prontos-socorros dos hospitais associados caiu, em média, 50% desde o início da
pandemia. Essa queda esconde um grave problema: por receio da pandemia, pessoas
que necessitam de atendimentos de urgência estão deixando de procurar os hospitais.
O mesmo tem acontecido com pacientes crônicos que dependem de atendimento
contínuo. Essa interrupção ou busca tardia por tratamento pode ser fatal.

UTIs – Os hospitais associados contam com cerca
de 500 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), dos quais aproximadamente
100 foram disponibilizados exclusivamente para atendimentos de Covid-19.
Atualmente, a média de ocupação destes leitos tem ficado em torno de 20%. Ou
seja, os leitos de UTI também estão ociosos.

Contaminação em hospitais – Todos os cuidados com a
higienização e proteção de pacientes e profissionais de saúde vêm sendo
adotados com rigor pelos hospitais associados.

Profissionais de saúde – Os hospitais reforçaram
as orientações e cuidados com a proteção dos trabalhadores. O índice de
contaminação por Covid-19 entre os cerca de 7,5 mil profissionais de saúde e
administrativos e dos quase 4 mil médicos dos hospitais associados é inferior a
0,4%.

Atestados de óbito – A emissão de atestados de
óbito segue rigorosamente as determinações contidas nas “Orientações para
codificação das causas de morte no contexto da Covid-19” elaboradas pelo
Ministério da Saúde.

Após três semanas aguardando uma reunião com o governador e sem
resposta, a Ahpaceg espera que outros poderes constituídos – Legislativo e
Judiciário – abram um canal de diálogo com a Associação para que possam
conhecer a realidade do setor hospitalar privado e ouvir sugestões de conduta
para solucionar essa crise.

 

  

  

 

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