Nielton Soares

Cerca de R$ 2 bilhões em crédito extraordinário foi liberado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), por meio da edição de uma Medida Provisória (MP), desta quinta-feira (06), para a produção e disponibilização de possível vacina contra o novo Coronavírus. 

O imunizante em análise é do laboratório AstraZeneca, em parceria com a Universidade Oxford (Inglaterra), ainda em fase de pesquisa, mas já está em teste no Brasil. A vacina está em estudo clínico com testagens no Rio de Janeiro, em São Paulo e na Bahia. A produção deve ser da Fiocruz, a partir do próximo ano. 

O Governo Federal informou que a decisão em assumir parte dos riscos tecnológicos do desenvolvimento do imunizante é devido a “enorme demanda global pelo produto”. Assim, o Brasil teria no futuro, acesso prioritário, por causa desse vínculo. 

Nesse sentido, ao haver eficácia e segurança do produto, a aquisição de novas doses será ampliada. “O governo considera que esse risco de pesquisa e produção é necessário devido à urgência pela busca de uma solução efetiva para manutenção da saúde pública e segurança para a retomada do crescimento brasileiro”, informou a Secretaria-Geral da Presidência. 

Os direitos, como transferência de tecnologia de formulação, envasilhamento e controle de qualidade será feito via contrato entre a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), fundação do Ministério da Saúde, e a empresa farmacêutica AstraZeneca.

Para a Organização Mundial de Saúde (OMS), esse estudo é o mais promissor contra a Covid-19 no momento, estando já na terceira e última fase das conclusões clínicas, como testagens em humanos.