Felipe André

A vitória do Atlético Goianiense por 3 a 0 sobre o Flamengo, na noite desta última quarta-feira (12), no estádio Olímpico, pela Série A, passou pelos pés de Hyuri. O atacante que foi contratado durante a disputa do Campeonato Goiano, chegou a apenas o quarto jogo na temporada e marcou o primeiro gol oficial com a camisa do rubro-negro.

O triunfo foi muito celebrado pelos atletas após a partida. Além dos três pontos garantidos logo na primeira partida do Atlético Goianiense na Série A, três anos desde a última participação, um vídeo foi publicado por páginas de torcedores atleticanos com uma “provocação” do canal Fox Sports. Alguns comentaristas “previram” uma goleada da equipe carioca, o que foi visto como uma forma de menosprezar o rubro-negro goiano.

“Se eles vão [enxergar o Atlético de outra forma] eu não posso afirmar, mas deveriam. São 20 clubes na Série A, ninguém começa o campeonato campeão ou rebaixado, se fosse assim não precisaria ter a competição. Se vamos terminar na faixa da sul-americana não sabemos, mas temos os nossos objetivos e vamos trabalhar para alcançar eles, e não esperar para que aconteça sem planejamento. O que fizemos contra o Flamengo, foi muito planejado, meses atrás, não poderíamos aceitar nada menos do que a vitória. A imprensa como um todo tem que respeitar o Atlético e o elenco que veste essa camisa, todos querem estar aqui”, destacou Hyuri.

Se a primeira impressão é a que fica, o Atlético terá um duro trabalho pela frente para manter o nível de atuação que apresentou contra o Flamengo. Cinco meses desde a última partida oficial e sem a transmissão dos jogos-treino que realizou antes da Série A, a equipe goiana será estudada a partir desse duelo, o que é considerado normal na visão do atacante Hyuri.

“Isso [do que Atlético começar a ser mais estudado] é normal dentro do futebol. Da mesma forma que assistiram o jogo ontem, pois queriam ver o Flamengo jogar, mas eles viram como o Atlético joga. Na próxima rodada contra o Sport, é normal eles buscarem se preparar mais após a partida. Jogo após jogo vai ser mais difícil, já que os adversários vão buscar nos neutralizar e precisamos estar capacitados para sempre buscar alternativas. Vamos encontrar diversos sistemas táticos, diferentes equipes e temos que estar focando em buscar outros métodos”, disse Hyuri.

Hyuri não era a primeira opção para atuar como centroavante no Atlético de Vagner Mancini. Renato Kayzer, artilheiro da temporada com sete gols, sofreu uma ruptura parcial no adutor da coxa esquerda e ficou indisponível, o reserva imediato Júnior Brandão também foi retirado da partida após a demora da entrega dos exames por parte da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), como forma de precaução, sendo assim sobrou um nome para atuar centralizado no ataque.

“Com a chegada do Vagner Mancini, não foi muito favorável comigo. Com a experiência que eu tenho, eu sabia que tinha me preparar para trabalhar mais do que eu estava fazendo, fazer tudo o que estava no alcance. Eu precisava estar preparado para começar jogando ou ficar no banco. A forma que comecei a encarar os treinamentos desde que o Mancini chegou, me deu a tranquilidade para começar jogando. O Kayzer era o titular, o Brandão a próxima opção e eu estava mais longe, a vaga caiu no meu colo, mas eu estava preparado”, finalizou Hyuri.