Governo de Goiás viabiliza inclusão de famílias Kalunga em projeto de acesso à água
Primeira-dama Gracinha Caiado e o presidente da Saneago, Ricardo Soavinski, estiveram em Brasília para apresentar ao ministro Onyx Lorenzoni o projeto para levar o benefício para as comunidades do Vão do Moleque e Vão das Almas| Foto: Reprodução
Da Redação
A primeira-dama Gracinha Caiado esteve em Brasília, nessa quarta-feira (26), ao lado do presidente da Saneamento de Goiás (Saneago), Ricardo Soavinski, em visita ao ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, para discutir obras de acesso à água para famílias das comunidades Kalunga do Vão do Moleque e do Vão das Almas, região que fica entre as cidades de Cavalcante, Teresina de Goiás e Monte Alegre, região Norte do Estado.
O acesso à água é uma demanda antiga das famílias da comunidade Kalunga, que por vezes precisam caminhar muitos quilômetros em busca desse elemento básico de sobrevivência e higiene.
“É uma preocupação muito grande do governador Ronaldo Caiado que essas famílias, que por tantos anos foram negligenciadas pelo poder público, tenham acesso a seus direitos. O ministro Onyx teve grande sensibilidade para com esses goianos e saímos desta reunião muito otimistas”, contou Gracinha Caiado, que também coordena o Gabinete de Políticas Sociais (GPS) e é presidente de honra da Organização das Voluntárias de Goiás (OVG).
Segundo o ministro Onyx Lorenzoni, existe um processo de licitação aberto para construção de cisternas de primeira água para famílias rurais de baixa renda, voltado para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. “O governador Ronaldo Caiado tem todo apoio do Ministério da Cidadania para incluir o Vão do Moleque e o Vão de Almas nesse projeto. Também levaremos água para as escolas que não possuem em todo o Estado”, disse Lorenzoni.
A licitação citada pelo ministro faz parte do Programa Nacional de Apoio à Captação de Água de Chuva e outras Tecnologias Sociais (Programa Cisternas), financiado pelo Ministério da Cidadania, que promove o acesso à água a famílias rurais de baixa renda atingidas pela seca ou falta regular de água, com prioridade para povos e comunidades tradicionais.
Para isso, o programa promove a estruturação da tecnologia de cisternas de placas, reservatórios que armazenam água de chuva para utilização nos meses de período mais crítico de estiagem. As cisternas familiares de água para consumo são instaladas ao lado das casas e têm capacidade de armazenar até 16 mil litros de água potável.
O presidente da Saneago, Ricardo Soavinski, explicou que a região do Vão do Moleque possui casas muito distantes umas das outras em um território muito extenso e de relevo ondulado, o que impossibilita a instalação da rede de convencional de distribuição de água.
“A pedido do governador Ronaldo Caiado e da primeira-dama Gracinha Caiado, a Saneago fez um estudo sobre aquela região, ainda no ano passado, para identificar qual seria a melhor alternativa para levar água para essas famílias. Diante de todas as características que encontramos, chegamos à conclusão de que esse modelo de cisternas para coleta e armazenamento de água da chuva seria o ideal. Isso veio ao encontro exatamente do Programa Cisternas, do governo federal, que está com processo de licitação em aberto. Estamos muito animados com a inclusão dos projetos de Goiás neste processo”, explicou.
A Saneago já fez o levantamento e o projeto para a instalação das cisternas nas casas das 138 famílias do Vão do Moleque. O mesmo levantamento será feito agora em relação às famílias do Vão de Almas e em todas as 58 escolas de Goiás que não têm água.
“Temos 58 escolas em Goiás [todas municipais] que não possuem água. Seja de cisterna ou encanada, de qualquer forma, o que importa é que as crianças recebam a água e de qualidade. O ministro garantiu e agora vamos fazer esse levantamento e esse projeto para que elas também sejam incluídas no Projeto Cisternas”, acrescentou Gracinha Caiado.
Na comunidade Kalunga de São Domingos, o Governo de Goiás está em fase avançada para a ligação das casas à rede convencional de abastecimento de água. Por ser uma região geograficamente mais acessível e mais adensada, ou seja, com as casas mais próximas umas das outras, a Saneago fez o projeto de rede de distribuição para o local. “A Saneago já fez o projeto e as redes, perfuramos o poço e agora falta apenas a bomba e a interligação da parte elétrica para termos o atendimento de água funcionando 100% nesta região”, explicou Soavinski.