Relojoeiro que ajudou criança a comprar relógio é proibido de divulgar vídeo
O homem foi proibido de divulgar o vídeo, dar entrevistas ou produzir conteúdo que possa, no entendimento do MPT “constituir apologia ao trabalho infatil” – Foto: Reprodução
Igor Afonso
No início do mês de agosto, nas vésperas do Dia dos Pais, um
vídeo de um garoto, de 10 anos, o qual trabalha como engraxate, viralizou nas
redes sociais. O garoto aparece entrando em uma relojoaria para comprar um
relógio para o pai.
O ato comoveu o dono do estabelecimento, Paulo Cézar da
Silva, que devolveu o dinheiro do garoto e lhe disse algumas palavras. “Continue
trabalhando, que Deus tem projeto na sua vida, que Deus vai te fazer um grande
homem e que o trabalho dignifica”, disse.
No entanto, dias depois, Paulo Cézar da Silva, recebeu um
Termo de Ajustamento de Conduta do Ministério Público do Trabalho de Goiás
(MPT-GO), para que ele não divulgue mais o vídeo ou dê entrevistas sobre o
assunto, nem produzir conteúdo que possa, no entendimento do MPT, “constituir
apologia ao trabalho infantil”.
O descumprimento das obrigações prevê o pagamento de multa
de R$ 10 mil.