Secretário estadual de Educação do RJ é preso; Cristiane Brasil também é alvo
Operação do MP e da Civil investiga contratos de assistência social de fundação estadual, que foi vinculada a Fernandes, e da Prefeitura do Rio| Foto: Reprodução
Da Redação
O secretário estadual de Educação do Rio de Janeiro, Pedro Fernandes, foi preso nesta sexta-feira (11) na segunda fase da Operação Catarata, que apura desvios em contratos públicos na área de serviço social. Além dele, a ex-deputada Cristiane Brasil também é alvo dos policiais.
Fernandes recebeu o mandado de prisão no condomínio onde mora, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste da cidade. No entanto, como testou positivo para o novo coronavírus, ele apresentou o resultado do exame para os oficiais do Ministério Público e aos policiais civis que foram cumprir o mandado e, por isso, ficará em prisão domiciliar.
Fernandes é investigado por suspeita de receber propina em contratos da Fundação Leão XIII, órgão público subordinado ao governo estadual, assinados entre 2015 a 2018. O órgão foi formalmente subordinado a Fernandes em 2017, no governo de Luiz Fernando Pezão, quando ele era secretário da Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Social.
De acordo com a CNN Brasil, o secretário era chamado de “chefe” pelos integrantes do esquema e seria um dos beneficiários dos recursos desviados. Em nota, o secretário negou todas as acusações.
Na primeira etapa da operação, em julho de 2019, a Polícia Civil e o MP prenderam sete pessoas suspeitas de fraudar licitações da fundação.
Ex-deputada é procurada
Além de Fernandes, a ex-deputada federal Cristiane Brasil, que é pré-candidata à prefeitura do Rio pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), também é alvo da operação. Cristiane é filha do ex-deputado federal Roberto Jefferson.
A assessoria de imprensa de Cristiane informou que ela se apresentará para a polícia. Em nota, a assessoria afirmou também que a investigação no Rio de Janeiro trata de “denúncias sem fundamento” feitas em 2012 contra a ex-deputada.
“Tiveram oito anos para investigar essa denúncia sem fundamento, feita em 2012 contra mim, e não fizeram pois não quiseram. Mas aparecem agora que sou pré-candidata a prefeita numa tentativa clara de me perseguir politicamente, a mim e ao meu pai”, disse a assessoria.
“Em menos de uma semana, Eduardo Paes, Crivella e eu viramos alvos. Basta um pingo de racionalidade para se ver que a busca contra mim é desproporcional. Isso deve ter dedo da candidata Martha Rocha, do Cowitzel [sic] e do André Ceciliano. Vingança e política não são papel do Ministério Público nem da Polícia Civil”, completou, em referência ao governador afastado e ao presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).
*Com informações da CNN Brasil