Maduro cita papa e pede que Congresso avalie casamento homoafetivo
Presidente da Venezuela disse que deixará a tarefa para a próxima Assembleia Nacional | Foto: Reprodução.
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, pediu nessa quinta-feira (22)
que a Assembleia Nacional do país debata o casamento entre pessoas do mesmo
sexo durante o próximo mandato que começa no início de janeiro, citando
comentários do papa Francisco apoiando a união civil homoafetiva.
As declarações do papa, divulgadas nesta semana, foram o sinal mais
claro já utilizado pelo líder da Igreja Católica sobre os direitos das pessoas
homossexuais. O casamento gay não é legal atualmente na Venezuela, que é
majoritariamente católica, apesar de leis ou de decisões jurídicas em outros
países sul-americanos, como a Argentina, o Brasil e a Colômbia, que permitem a
união entre pessoas do mesmo sexo.
“Eu tenho amigos e conhecidos que estão muito felizes com o que o
papa disse ontem”, afirmou Maduro em um evento com líderes do Partido
Socialista antes das eleições legislativas, marcadas para 6 de dezembro.
“Eu vou deixar essa tarefa, a tarefa do casamento LGBT, para a próxima
Assembleia Nacional”.
A Assembleia Nacional está atualmente sob controle da oposição
venezuelana. A oposição promete boicotar o processo eleitoral, argumentando que
Maduro planeja fraudá-lo para favorecer seu partido. (ABr)