OAB-GO repudia morte de advogados assassinados dentro de escritório, em Goiânia
“Este crime e qualquer outro contra a advogados e advogadas, no exercício da profissão, não pode – e não vai – ficar impune”, diz o comunicado| Foto: Reprodução
Eduardo Marques
A Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO), por nota, repudia o assassinato dos advogados Marcus Aprigio Chaves, de 41 anos, e Frank Alessandro Cavalhaes de Assis, de 47, na tarde desta quarta-feira (28), dentro do escritório onde trabalhavam, em Goiânia.
“Manifestamos ainda, diante do caso, nosso mais profundo repúdio à crescente escalada de violência contra a advocacia e cobramos das autoridades competentes célere elucidação, para que os responsáveis sejam levados às barras da Justiça e exemplarmente punidos.”
De acordo com a entidade, matar os responsáveis pelo direito de defesa é um atentado contra o Estado Democrático de Direito. “Ceifar a vida daqueles responsáveis pelo direito de defesa, com execuções sumárias, é um atentado não só contra a categoria, mas contra o Estado Democrático de Direito. Condutas medievais, bárbaras e truculentas como esta devem ser rapidamente investigadas e punidas, para que a cidadania prevaleça.”
A OAB-GO lamenta o ocorrido e diz que a categoria está de luto. “Diante desse crime inominável, a classe da advocacia está mais uma vez de luto. Quando um profissional sofre um atentado contra sua integridade física, todos os advogados são atingidos.”
Segundo a seccional, foi designado membros da diretoria para apurar o caso. “Como medida inicial, a OAB-GO designou imediatamente seu vice-presidente, Thales Jayme, e o presidente de sua Comissão de Direitos e Prerrogativas, David Soares, para acompanhar a ocorrência no local do crime. Em outra ponta, instruiu o advogado Edemundo Dias, presidente da Comissão de Acompanhamento das Investigações de Casos de Violência Praticados Contra Advogados em Goiás, a auxiliar a autoridade policial na investigação no que possível.”
Por fim, a OAB-GO defendeu que o caso não ficará impune. “Há uma evidente escalada de violência contra a advocacia e a OAB-GO não pode e não vai ficar silente. Atentar contra a vida dos advogados é ofender a cidadania. Não pode – e não vai – ficar impune.”