Pesquisas eleitorais fraudulentas vira alvo do Ministério Público em Goiás
Operação Leão de Neméia foi deflagrada na manhã desta quinta-feira (5) e já há 349 pesquisas suspeitas em 191 municípios goianos | Foto: Reprodução.
Nielton Soares
Pesquisas eleitorais suspeitas de
fraudes entra na mira do Ministério Público Eleitoral (MPE). Os promotores de
Justiça deflagraram a operação Leão de Neméia, na manhã desta quinta-feira (5).
O intuito é desarticular suposto grupo que produz e divulga pesquisas
eleitorais em todo o Estado netas eleições municipais deste ano.
Durante as investigações, o MP
identificou que a empresa IPOP-Cidades & Negócios produziu e divulgou 349
pesquisas suspeitas em 191 dos 246 municípios goianos desde a criação da
empresa em fevereiro deste ano. Para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), esse
é o maior número de pesquisas realizadas nestas eleições em todo o país.
Ao todo, foram cumpridos quatro
mandados de busca e apreensão expedidos pelo Juiz Eleitoral da comarca de
Alvorada do Norte, no nordeste goiano, Pedro Henrique Guarda Dias. Busca e
apreensão foram feitas em endereços nos municípios de Goiânia e Aparecida, sede
da empresa, e nas residências do proprietário do IPOP, Márcio Rogério Pereira
Gomes, e da estatística Karen Cristina Alves Pessoa.
Segundo o promotores, a apuração
aponta que o grupo produzia pesquisas que não refletem as intenções de voto dos
eleitores.
O MP indica que o instituto de pesquisa
desobedecia requisitos exigidos na legislação eleitoral, em bairros
inexistentes e com oferta criminosa de manipulação de dados em favor de
candidatos.