Decisão de Barroso em manter centralidade de apuração de votos desagradou TREs
Divulgação dos números atrasaram mais de 3 horas em todo o Brasil. Chefes locais exigem mudança | Foto: Reprodução
Nielton Soares
A finalização dos resultados das
eleições deste ano demoraram para acontecer, uma vez que foi centralizado tudo pelo
Tribunal Superior Eleitoral (TSE), gerando atraso de mais de 3 horas. O que não
irritou apenas candidatos e eleitores, mas também, os chefes dos Tribunais
Regionais Eleitorais (TREs).
O problema foi causado por uma
decisão do novo presidente do TSE Luis Roberto Barroso, que determinou que
todas as Cortes locais enviasse os dados ao tribunal, ao mesmo tempo, para que
de lá fossem divulgadas as informações sobre as eleições.
Isso, gerou sobrecarga nos
computadores, que não suportaram a quantidade de dados inseridas tudo de uma só
vez.
O site de notícias Poder360 ouviu
juízes eleitorais e eles defenderam o modelo antigo, cujo Estados divulgavam
primeiramente as informações, para depois enviar ao TSE.
Já o ministro Barroso, em
entrevista na noite de domingo (15), alegou que a decisão por centralizar os
dados no TSE não foi tomada durante a gestão dele. E, disse não ter “simpatia”
pela iniciativa.
“A explicação que me deram para a
centralização era a de que os Estados precisavam renovar os seus sistemas de
totalização”, afirmou.
Mas logo na sequência, o ministro
defendeu a decisão. E, citou que “a centralização da totalização no TSE foi uma
recomendação da perícia da Polícia Federal em nome de se prover mais segurança”.