Eduardo Marques

Internado há um mês por causa de complicações pulmonares provocadas pela Covid-19, o candidato à Prefeitura de Goiânia (MDB) tem quadro clínico estável. Segundo o boletim médico divulgado nesta segunda-feira (23), o emedebista ainda respira com suporte da Oxigenação por Membrana Extracorpórea (ECMO), aparelho que funciona como pulmão artificial. Contudo, este auxílio ocorre em parâmetros mínimos, cenário que aponta menor dependência do paciente em relação ao equipamento. 

A nota foi assinada pelos pneumologistas Carmen Barbas e Marcelo Rabahi e pelo diretor médico e de serviços hospitalares, Miguel Cendoroglo. Com a menor dependência do político em relação à ECMO, existe a expectativa de que o aparelho nos próximos dias, mas ainda não há data certa. O candidato continua entubado e sedado. A evolução do quadro desde que ele foi submetido à ventilação invasiva novamente é considerada a melhor do que o esperado. 

Vilela foi diagnosticado com o novo coronavírus no fim de outubro e precisou ser intubado em duas oportunidades. Na última terça-feira, o político apresentou uma piora pulmonar e iniciou tratamento dialítico, seguido de instalação de ECMO, equipamento que exerce as funções do pulmão e do coração artificialmente.

Adversário do candidato no segundo turno em Goiânia, Vanderlan Cardoso (PSD) chegou a acusar a equipe de Vilela de elaborar uma “farsa” para esconder o verdadeiro estado do político, que, segundo ele, seria bem mais grave. “Nós estamos vivendo em Goiás um estelionato eleitoral, estão ludibriando o eleitor, levando para uma comoção”, disse em entrevista à Rádio Sagres.

A campanha de Vilela respondeu aos ataques do adversário em nota de repúdio, em que se disse “perplexa” e “indignada” com as acusações e criticou o comportamento “covarde e desumano” de Vanderlan.