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segunda-feira, 25 de novembro de 2024
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Novas provas: PGE pede reabertura de inquérito e cassação do mandato de Bolsonaro

Novas informações do WhatsApp colocam presidente, vice e empresários na mira da Justiça | Foto: reprodução

Postado em 3 de dezembro de 2020 por Nielton Soares
Novas provas: PGE pede reabertura de inquérito e cassação do mandato de Bolsonaro
Novas informações do WhatsApp colocam presidente

Nielton Soares

A Procuradoria-Geral Eleitoral (PGE) encaminhou, na quarta-feira (2),
manifestação ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedindo reabertura de
investigação acerca de possíveis irregularidades na campanha do presidente Jair
Bolsonaro, em 2018.

A PGE (Procuradoria-Geral Eleitoral) enviou hoje manifestação ao TSE
(Tribunal Superior Eleitoral) pedindo a reabertura de investigação sobre
irregularidades na campanha do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em 2018.
Novos indícios apontam para uso de disparos de mensagens em massa pelo
WhatsApp.

O parecer foi assinado pelo vice-procurador-geral Eleitoral, Renato
Brill de Goés, que cita abuso de poder econômica de Bolsonaro e do vice-presidente
Hamilton Mourão (PRTB). Além de participação de empresários como Luciano Hang,
dono das lojas Havan.

O procurador de Justiça pede ainda a quebra de sigilo bancário e fiscal
do empresário e de quatro empresas no período de 1º de julho a 30 de novembro
de 2018. Segundo o documento, Hang é suspeito de financiar os disparos ilegais.

Além dele, foram investigadas as empresas Quick Mobile, Yacows, Croc
Services e SMSMarket, que teriam realizado os disparos em massa pelo aplicativo
de mensagem.

Cassação

A PGE solicita também que o Tribunal julgue em conjunto as quatro Ações
de Investigação Judicial Eleitoral (Aije). Essas pedem a cassação da chapa do
presidente, por suposto disparo indevido de mensagens e uso indevido de meio de
comunicação social.

Dessas ações, duas foram encerradas e outras duas ainda aguardam
documentação. Segundo Goés, o fato novo trata-se de informações prestadas pelo WhatsApp,
em 20 de novembro de 2019, apontando “comportamento anormal, indicativo do
envio automatizado de mensagens em massa”. A aplicativo citou as empresas dos
sócios investigados.

Por nota à imprensa, Hang negou que financiou disparos de mensagens e
lamentou o que chamou de “confusão e imprecisão da Procuradoria-Geral Eleitoral
(PGE) ao comparar o impulsionamento realizado em sua página pessoal e
particular no Facebook, com as condutas que lhe são falsamente atribuídas de
divulgação de compras de pacotes de disparos em massa de mensagens no
WhatsApp.”

 

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