Kajuru vai à Justiça por conta das eleições no Congresso
Senador goiano pediu “proporcionalidade” na eleição do Senado e quer barrar votação na Câmara. Definições estão marcadas para esta segunda-feira (1º/2) | Foto: reprodução
Nathan Sampaio
O senador por Goiás Jorge Kajuru (Cidadania) informou, nesta sexta-feira (30/1), que irá à Justiça para garantir eleições mais “justas” no congresso. Neste 1º de fevereiro, segunda-feira, acontecem as votações para presidência do Senado e para a definição da Mesa Diretora da Câmara e, com isso, Kajuru disse que irá pedir para impugnar a votação na Câmara Federal e, no Senado, entrou com um mandado de segurança contra o atual presidente, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e para que seja respeitada a regra da proporcionalidade no pleito.
Em relação às eleições da Câmara, Kajuru disse em divulgação de material enviado para O Hoje, que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) está destinando dinheiro para beneficiar candidaturas do seu interesse na eleição, ou seja, ao candidato Arthur Lira (PP-AL). Lira é um dos principais concorrentes na Casa e disputa com outros seis parlamentares, dentre eles, o deputado Baleia Rossi (MDB-SP), que também tem se evidenciado por ser o candidato do atual presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ).
“Eu entrei na Justiça para que a eleição seja impugnada, pela sujeita dela, pelos milhões de dinheiro do público, do contribuinte, que estão sendo gastos nessa eleição. É o que espero desse chiqueiro, que a Justiça veja o que está acontecendo, a deslealdade dessa eleição”, disse o ex-vereador de Goiânia. Para Kajuru, o Executivo e a oposição se uniram em um “topa tudo por dinheiro” da eleição.
Sobre o Senado, ainda nesta sexta-feira, Kajuru a Folha de S.Paulo disse que Kajuru entrou com um mandado de segurança contra Alcolumbre e a Mesa Diretora do Senado para que seja respeitada a regra da proporcionalidade na eleição que será realizada na próxima segunda-feira (1º). A medida é regra, prevista no regimento da Casa e na Constituição, segundo informa o senador, reforçando que na ação, a presidência do Senado caberia à maior bancada. No caso, a do MDB, que conta com 15 senadores.
“Assim como a vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade garante a independência do Poder Judiciário, a representação proporcional dos partidos na constituição da Mesa Diretora, que é a responsável pela organização da agenda do Legislativo e das pautas de votação, garante que este Poder não estará sujeito a controle e interferências externas (pelo menos em tese)”, afirma Kajuru na petição.