Em artigo, Luciano Huck critica Bolsonaro e dá mais um passo à possível candidatura
Apesar de não ter se filiado a nenhum partido e não comentar sobre assunto, do ponto de vista político, apresentador de TV já tem articulado | Foto: reprodução
Nathan Sampaio
A Folha de S.Paulo publicou, na tarde deste sábado (7/2), um artigo do apresentador da TV Globo e empresário Luciano Huck que, no texto, aumentou o tom nas críticas ao presidente Jair Bolsonaro. Visto há tempos como um possível candidato à eleição presidencial de 2022, Huck ainda não decidiu seu futuro. Muito se falou até que, com a saída do Faustão da Globo no fim deste ano, é possível que a ida de Huck pros domingos fizesse com que ele mudasse de ideia sobre se eleger.
Mesmo assim, pelo que consta em seu artigo, Huck parece mais próximo de uma campanha do que de um programa dominical na TV. No texto, intitulado “Sistema imunológico da sociedade brasileira dá respostas à altura das agressões do bolsonarismo”, o apresentador criticou ferrenhamente o comportamento do presidente e do governo no combate à pandemia do coronavírus.
O apresentador, que citou Bolsonaro diretamente apenas no título e no primeiro parágrafo, fez afirmações contundentes ao chefe do Executivo brasileiro e disse que “para cada negacionista que orbita o poder no Palácio do Planalto, há milhares de brasileiros empenhados em combater de peito aberto os efeitos da maior crise sanitária da história”.
Em outro trecho, Huck diz: “uma presidência desprovida de razão e de coração não tem como vingar por muito tempo entre nós. Por isso, este governo —sem querer— na sua trajetória errática vai ajudar a revitalizar a sociedade civil e a consolidar a percepção de que o messianismo nunca foi – nem nunca será – um atalho para a prosperidade do país.”
“O Brasil será vacinado contra a Covid mesmo com as omissões, os erros e os arbítrios do governo federal. Entramos no terceiro ano da Presidência de Jair Bolsonaro, mas no 33º ano do Sistema Único de Saúde, o SUS”, também escreveu o apresentador, que apesar de não ter se filiado a nenhum partido e não comentar sobre assunto, é possível considerar sua forte articulação.