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domingo, 24 de novembro de 2024
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Chuvas deixam rastro de estrago e destruição em Goiânia

Pancadas de chuva devem continuar nos próximos dias e podem até ficar acima da média, segundo Inmet | Foto: Wesley Costa

Postado em 9 de fevereiro de 2021 por Sheyla Sousa
Chuvas deixam rastro de estrago e destruição em Goiânia
Pancadas de chuva devem continuar nos próximos dias e podem até ficar acima da média

João Paulo Alexandre

A chuva em Goiânia deve continuar nos próximos dias e pode até ficar acima da média. Segundo o Instituto de Meteorologia (Inmet), fevereiro deve ultrapassar o volume de chuva em Goiânia para o mês. A previsão para todo o mês é de 223 milímetros de chuva, mas já choveu 46% do esperado em apenas oito dias.

A chuva que caiu em Goiânia no último fim de semana (6 e 7 de fevereiro) trouxe alguns transtornos para moradores de algumas regiões da cidade. Árvores caídas, explosão de transformador e até uma cratera estão na lista de estragos que acometeram a Capital. O Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo) afirma que caiu 54 milímetros de chuva em Goiânia, entre sexta e domingo.

Segundo a Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), a Capital registrou quedas de quatro árvores. Colaboradores da Companhia trabalharam durante esse tempo para realizar a retirada delas sobre as vias que estavam interditando. Porém, a situação mais complicada foi a de uma cratera que se abriu na Rua FL 20, no Parque das Flores.

A abertura do buraco se deu com muita rapidez. Câmaras de segurança do local flagraram o momento em que o asfalto começa a ceder até a abertura total da cratera. Segundo a Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra), o buraco tem sete metros de profundidade e cinco de largura.

O buraco se abriu devido à uma infiltração na rede de pluvial. Funcionários da Seinfra e Sanaego fazem o reparo no local. A pasta municipal afirma que realizou a reconstrução da galeria ontem e aguarda os trabalhos da estatal para continuar os serviços. Porém, não foi dado prazo para término do serviço.

A Saneago diz que disponibilizou o maquinário e material para construir com o trabalho de manutenção da rede pluvial e contenção da cratera. A estatal afirma que o abastecimento dos moradores não foi afetado.

Volume de chuvas pode ser recorde este mês 

Quantidade de chuva nos últimos dias foi causada pela Zona de Convergência do Atlântico Sul e está estacionado sobre a região Centro-Oeste. Costuma acontecer no verão e consiste na movimentação do ar úmido e quente que tem origem na região Norte do País. O resultado é uma grande quantidade de água.

“Isso ocorre normalmente durante o verão. Esse fenômeno é responsável pelas chuvas volumosas e as nuvens densas que vemos nessas regiões, até desembocar no Oceano Atlântico”, explica o meteorologista do Inmet, Heráclio Alves.

Ainda de acordo com o órgão, em várias regiões de Goiás, inclusive a que inclui o Distrito Federal, os índices pluviométricos já ultrapassaram os 100 mm. Os maiores acumulados nesses primeiros dia já beiram os 179 milímetros. O esperado para o mês inteiro é 183 milímetros. “Cerca de 98% do previsto para todo fevereiro já choveu apenas na primeira semana do mês, nessas localidades”, detalha o meteorologista.

As regiões Oeste, Leste e Centro de Goiás podem ter chuvas de 30 milímetros e as regiões Sul e Sudoeste podem ter 15mm de chuva no período. A previsão, para todas as regiões, é de que as pancadas ocorram sempre no final da tarde. “Nessa semana ainda podem cair chuvas volumosas, mas a previsão é que caiam de maneiras mais isoladas. Essa é uma característica do Verão. Apesar das temperaturas não registraram maiores quedas, pelo fato desse corredor barrar a massa polar, as chuvas ainda estarão presentes nos próximos dias, mas nada de frio”, ressalta.

Outras cidades de Goiás também já sofreram com grande volume de chuva que caíram nos últimos dias. O Inmet aponta que em Niquelândia choveu 80 milímetros no último sábado (6). Esse era o valor esperado para cinco dias. No último final de semana, o município foi atingido com 121 milímetros de água.

Rio Verde

O temporal que caiu em Rio Verde, no último dia 4 de fevereiro, deixou ruas alagadas, encobriu carros, fez o Córrego Barrinha transbordar e deixou pessoas desalojadas. O Corpo de Bombeiros atendeu mais de 10 chamados, mas sem nenhuma gravidade. Segundo Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo) foram duas horas de temporal, que resultou em 103 mm de precipitação. O órgão também registrou ventos de 50 km/k.

“A combinação calor e umidade gerou áreas de instabilidade na região sudoeste do Estado. Especificamente em Rio Verde, nós tivemos um sistema convectivo muito grande e proporcionou 103,4 milímetros em duas horas. É muita chuva em pouco tempo, a cidade não aguenta, não tem para onde escoar tanta água”, justifica André Amorim, gerente do Cimehgo. (Especial para O Hoje)

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