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domingo, 24 de novembro de 2024
Segurança

Após algumas horas de tensão, motim na Penitenciária Odenir Guimarães é controlada

Diretoria-Geral de Administração Penitenciária afirmou que não houve mortos | Foto: Wesley Costa

Postado em 19 de fevereiro de 2021 por Carlos Nathan Sampaio
Após algumas horas de tensão
Diretoria-Geral de Administração Penitenciária afirmou que não houve mortos | Foto: Wesley Costa

Nathan Sampaio

A Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP) informou que o motim desta sexta-feira (19/02), que aconteceu na Penitenciária Odenir Guimarães (POG), no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, foi controlado. De acordo com o que diz um agente não identificado em coletiva à imprensa, três detentos ficaram feridos e não houve registro de mortes. Além disso, o termo “motim” foi utilizado, pois, de acordo com o porta voz presente, rebelião envolve reféns, o que não aconteceu.

Ainda de acordo com o que foi informado, o motim teria começado na ala A e resultou em uma manifestação “desorganizada”, mas que foi encerrada “rapidamente”. No vídeo, o agente ainda disse que a vida dos detentos foi priorizada, mas que as ações necessárias foram precisas para conter a movimentação, fogo e agressividade de alguns.

Mais cedo, durante o motim, em uma live feita de dentro da cadeia, detentos acusaram a polícia penal de disparar balas de borracha dentro da POG, disseram que a alimentação deles é inadequada e que a polícia não deixou “os direitos humanos entrarem” para haver diálogo. O vídeo, que durou mais de 40 minutos, ficou disponível no facebook e foi assistido por mais de 20 mil pessoas.

Sobre o ocorrido, o governador Ronaldo Caiado também comentou. “Bandido não dita ordem no meu Estado”, garantiu, após equipes policiais controlarem a situação. Segundo o governador, recuperar a segurança pública no Estado causa incômodo àqueles que tinham verdadeiros ‘bunkers’ [no sentido literal, reduto fortificado, parcial ou totalmente subterrâneo] nesses locais. “É lógico que eles não terão esse conforto”, disse Caiado, durante entrevista ao portal de notícias Mais Goiás.

O governador continuou: “Vamos deixar claro que bandido não vai crescer em Goiás. Todos estão submetidos às normas da lei”, assegurou. “Não existe ninguém que pode afrontar o Estado e muito menos tentar achar que não existem forças de segurança capazes de dar aquilo que a sociedade deseja: o respeito ao cidadão e à vida”, completou.

Questionado se poderia trocar o comando da Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP), uma das reivindicações dos detentos, o governador foi ainda mais enfático. “Goiás não vai aceitar esse tipo de pressão que existiu durante 20 anos. Aqui tem segurança pública e tem ordem. Não somos coniventes com esse nível de bandalheira”, reiterou. 

Sobre a reclamação de alimentação inadequada para os presos, Ronaldo Caiado disse que a informação não procede. “Não tem a menor seriedade o que alegam”, reafirma. O motim ocorreu um dia após a morte de um agente prisional e da mulher dele na entrada do complexo prisional. Em menos de 12 horas, as forças de segurança identificaram os suspeitos. “Nossa área de inteligência já sabe quais são os tentáculos existentes dentro da penitenciária de Aparecida de Goiânia. É lógico que eles estão usando dessa motivação para achar que podem intimidar o Estado”.  

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