Bolsonaro visita Acre após cheias atingirem mais de 120 mil pessoas
Antes de coletiva presidente causou aglomerações pela cidade de Sena Madureira | Foto: reprodução
Após mais de uma semana de enchentes, o presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) visitou o estado do Acre. Na manhã desta quarta-feira (24/02), acompanhado do governador do estado, Gladson Cameli (PP-AC), Bolsonaro sobrevoou a cidade de Sena Madureira, a mais afetada pelas inundações. A visita ocorreu depois de um pedido do senador Márcio Bittar (MDB-AC).
Além dos problemas com o mau tempo, a região Norte vem sofrendo com o avanço de casos de dengue e Covid-19. As cidades também enfrentam uma crise migratória na fronteira com o Peru. Em decorrência dos acontecimentos, estima-se que 4.400 famílias estejam desalojadas e 2.027 desabrigadas. Em conversa com a CNN, o governador do estado, Gladson, classificou a situação como a terceira guerra mundial.
Na segunda-feira (22), em decreto, o governador do Acre incluiu, além da capital, Rio Branco, os municípios de Cruzeiro do Sul, Feijó, Jordão, Mâncio Lima, Porto Walter, Rodrigues Alves, Santa Rosa do Purus, Sena Madureira e Tarauacá como situação de calamidade pública. Cameli já havia decretado situação de emergência no Estado e o documento passou a reconhecer a necessidade de ajuda financeira do governo federal para enfrentar a crise.
Nesta semana, após diversas manifestações e campanhas de ajuda em favor do Acre, o governo federal reconheceu, em dez cidades, o estado de calamidade pública. Com isso, o Ministério do Desenvolvimento Regional recebeu R$ 450 milhões para apoiar os estados que estão enfrentando situações de desastres naturais. Até o momento não foi divulgado o valor que será destinado para as cidades do Acre.
Após sobrevoar a enchente, o presidente passeou pela cidade de Sena Madureira sem máscara e causando aglomerações. Na coletiva, já na capital do Acre, Bolsonaro reforçou apoio do governo federal ao Estado. A cerimônia foi encerrada após o presidente se irritar com a pergunta de um jornalista sobre a decisão do STJ que anula a quebra de sigilos fiscais de seu filho, Flávio Bolsonaro.
João Gabriel Palhares – Especial para O Hoje