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sábado, 23 de novembro de 2024
Estudo internacional

Uma em cada duas pessoas no mundo discrimina em função da idade, afirma ONU

A Organização das Nações Unidas (ONU) destaca que os idosos, as mulheres e pessoas com menos formação são maiores vítimas de discriminação | Foto: Pilar Olivares/Reuters

Postado em 18 de março de 2021 por Augusto Sobrinho
Uma em cada duas pessoas no mundo discrimina em função da idade
A Organização das Nações Unidas (ONU) destaca que os idosos

A Organização das Nações Unidas
(ONU) divulgou, nesta quinta-feira (18/03), estudo que afirma que uma em cada
duas pessoas no mundo discrimina em função da idade. O relatório também traz recomendações
aos governos para que adotem medidas jurídicas e sociais para combater esses
preconceitos.

O estudo foi elaborado pela
Organização Mundial de Saúde (OMS) em colaboração com várias agências da ONU. “Esse
tipo de discriminação contribui para a pobreza e a insegurança econômica das
pessoas na velhice aumentando o isolamento social e a solidão dos idosos”,
destaca o relatório.

Além disso, a pesquisa também
concluiu que discriminação se verifica, principalmente, nos jovens e é mais
frequente nos homens que nas mulheres e em pessoas com menos formação. Com
isso, a ONU pretende lançar uma campanha mundial que estimule a garantia da
saúde, do bem estar e da dignidade das pessoas em todo o mundo.

“Falamos de idadismo quando
a idade é utilizada para categorizar e dividir as pessoas de forma a que eles
sofram preconceitos e injustiças”, afirma o relatório. Ele aponta que o
fenômeno “reduz a solidariedade entre gerações”.

O chamado “idadismo”
pode traduzir-se em várias formas de discriminação, diz o estudo, a começar
pelo acesso a serviços de saúde. O relatório lembra que, no início da pandemia
de covid-19, hospitais saturados optaram por salvar pacientes mais jovens,
perante a escassez de ventiladores ou de camas nas unidades de cuidados
intensivos.

Para o diretor-geral da OMS,
Tedros Adhanom, e a alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos,
Michelle Bachelet, a pandemia contribuiu para agravar os estereótipos.

O relatório, de 203 páginas,
aponta ainda a existência de discriminação contra os jovens, com os
estereótipos a prejudicarem nesse caso mais as mulheres do que os homens.

Segundo o documento, na Europa –
única região com dados disponíveis -, uma pessoa em cada três disse ter sido
vítima desse tipo de discriminação. Jovens afirmaram que sofrem mais com esse
fenômeno do que outros grupos etários.

A ONU estima que esse tipo de
discriminação custe anualmente milhões de dólares, citando como exemplo as
reformas baseadas em critérios rígidos de idade, que privam a sociedade da experiência
das pessoas mais velhas. (Agência Brasil)

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