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sábado, 23 de novembro de 2024
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Humorista diz que foi levado a delegacia e acusado de agressão por ser negro, em Goiânia

Brunno Jaka foi denunciado como agressor ao chegar para trabalhar em um bar; ele alega que não estava no local durante a confusão.

Postado em 26 de maio de 2021 por Redação
Humorista diz que foi levado a delegacia e acusado de agressão por ser negro
Brunno Jaka foi denunciado como agressor ao chegar para trabalhar em um bar; ele alega que não estava no local durante a confusão | Foto: Reprodução

O humorista Brunno Jaka, de 42 anos, fez denúncia nas redes sociais por ter sido, segundo ele, vítima de racismo em um bar de Goiânia no último domingo (23/05). Segundo Brunno, ele foi envolvido em uma ocorrência policial ao chegar para trabalhar em um bar da capital, e foi levado a delegacia mesmo com as testemunhas dizendo que o artista não tinha ligação com o caso.

O humorista relata que chegou ao local as 16h25 e, ao descer do carro, notou que havia um senhor alcoolizado na porta do bar dizendo que havia sido agredido. Brunno tentou ajudá-lo, diz que perguntou se ele queria ir para o hospital e orientou que ele ligasse para a polícia.

Com a chegada da Polícia, o tal homem disse aos policiais que havia sido o humorista o responsável pelas agressões. “Esse negão aí que me socou”, teria dito o senhor.

“Fui conduzido como se fosse um bandido para a delegacia, por uma polícia totalmente despreparada e racista, onde fiquei por 4 horas sem nem saber o que tinha acontecido de fato. Tudo isso porque um cidadão branco e bêbado apontou um dedo para o “negão” e disse “culpado”. E bastou isso para que eu perdesse todos os meus direitos como cidadão, a partir dali eu era um bandido e queriam que eu pagasse fiança para ser liberado”, diz o post do humorista nas redes sociais.

“O que me assusta é que não conduziram a gerente, não ouviram as várias testemunhas que estavam lá na hora, não levaram ninguém. O que me revoltou foi que, simplesmente, os policiais deram ouvidos a um senhor branco, visivelmente bêbado, e eu, mesmo com testemunhas dizendo que eu não estava no local quando a suposta agressão ocorreu, não fui ouvido. Eles não me deram voz”, disse Jaka, em entrevista ao Metrópoles.

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