CPI nega depoimento remoto a Carlos Wizard e ameaça pedir condução coercitiva
Wizard teria participado do chamado “gabinete paralelo”, em que suspostamente aconselharia o presidente Jair Bolsonaro durante a pandemia.
O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), informou nesta terça-feira (15) que o pedido de depoimento remoto do empresário Carlos Wizard foi oficialmente negado. Caso não compareça à comissão sem justificativa, Aziz disse que pode pedir sua a condução coercitiva.
“Esclareço que aqueles que forem regularmente intimados e se negarem a comparecer para depor perante esta CPI terão a sua intimação solicitada ao juiz criminal da localidade em que residam ou se encontrem, nos termos dos artigos 218 e 219 do Código de Processo Penal”, explicou o parlamentar. “Se o ‘seu’ Carlos Wizard não comparecer na quinta, iremos tomar as devidas providências em relação ao que eu li há pouco”.
Seu depoimento é requisitado devido à desconfiança da CPI de que Wizard tenha participado do chamado “gabinete paralelo”, em que suspostamente aconselharia o presidente Jair Bolsonaro durante a pandemia sem ter ligação oficial com o governo.
Segundo os advogados do empresário, ele está impossibilitado de comparecer à CPI por estar nos Estados Unidos desde o dia 30 de março, pois está “acompanhando tratamento médico de familiar”. Se ele voltar ao Brasil, pode ser impedido de entrar novamente nos EUA pelas barreiras sanitárias impostas durante a pandemia.