Governo federal pagou valor 10 vezes maior por vacina indiana
Imunizantes vindos da Índia negociados pessoalmente pelo presidente da república, Jair Bolsonaro (Sem Partido), terão preço de até 1000% a mais do que outros países pagaram pelo mesmo. De acordo com uma reportagem feita pelo Jornal Estadão, a negociação durou somente três meses, bem menos que as feitas para adquirir outros imunizantes, e o valor […]
Imunizantes vindos da Índia negociados pessoalmente pelo presidente da república, Jair Bolsonaro (Sem Partido), terão preço de até 1000% a mais do que outros países pagaram pelo mesmo. De acordo com uma reportagem feita pelo Jornal Estadão, a negociação durou somente três meses, bem menos que as feitas para adquirir outros imunizantes, e o valor pago por unidade é de pouco mais de $ 15 dólares, sendo que outras federações pagaram pelam mesma o valor de $ 1,35 Dólares.
Transpondo os valores para nossa moeda, o real, cada uma sai por pouco mais de R$ 80, valor muito superior ao pago pelas que já são utilizadas no Brasil, como a Astrazeneca que sai por R$ 19,87, Pfizer que pagamos R$ 56,30, ou mesmo da primeira que chegou, a Coronavac, que é pago R$ 58,20 por unidade.
“No caso da Pfizer, foram quase onze meses, período em qual o preço oferecido não se alterou (US$ 10 por dose). Mesmo mais barato que a vacina indiana, o custo do produto da farmacêutica americana foi usado como argumento pelo governo Bolsonaro para atrasar a contratação, só fechada em março deste ano.” trecho da reportagem do Estadão.
“O Ministério da Saúde declarou que mantém diálogo com todos os laboratórios, mas só inclui no Plano de Imunização as vacinas aprovadas pela Anvisa, e que, no caso da Covaxin, ainda não fez qualquer pagamento ao laboratório. A Precisa Medicamentos afirma que seguiu de forma ética e transparente todos os processos burocráticos e exigências do Ministério da Saúde e da Anvisa para a importação da Covaxin e que não contou com vantagens durante o processo.” Justificativa dada pelo MS ao questionamento feito pelo Jornal Nacional.
Vale salientar que a negociação com a farmacêutica indiana começou antes dela ser aprovada pela ANVISA para uso na população do Brasil. Segundo o Ministério da saúde, o investimento total foi de R$ 1,614 bilhão na compra da vacina produzida na Índia.