Governo Bolsonaro analisa cancelar contrato da Covaxin após acusações de irregularidade
O Palácio do Planalto decidiu reavaliar o contrato para impedir a abertura de inquéritos e envolvimento do MPF.
A compra da vacina indiana Covaxin pelo governo de Jair Bolsonaro se tornou alvo de questionamentos após denúncias de irregularidade. Nesta quarta-feira (23/06), o Palácio do Planalto decidiu reavaliar o contrato para impedir a abertura de inquéritos e envolvimento do Ministério Público Federal (MPF).
A discussão sobre voltar atrás na aquisição circula pelo Ministério da Saúde e na Casa Civil. O negócio havia definido a compra de 20 milhões de doses, produzidas pela Bharat Biotech, mas fica suspenso enquanto Bolsonaro decide como lidar com a crise criada pela denúncia. Segundo o presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura a condução da pandemia pelo governo, o senador Omar Aziz (PSD-AM), ela é a mais grave até o momento.
O depoimento do servidor Luís Ricardo Miranda, do Ministério da Saúde, na última sexta-feira (18), deu início às suspeitas. Miranda relatou ter recebido uma pressão “atípica” para que agilizasse a liberação da Covaxin, e pedidos de que fizesse a “exceção da exceção” junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para liberar a compra pela empresa Precisa Medicamentos.
As duas alternativas para o cancelamento do contrato são a falta de assinatura do termo de compromisso da Anvisa e o atraso na entrega. A avaliação é feita pela consultoria jurídica e ainda não definiu uma saída,