Estudo mostra que vacinas da Pfizer e Moderna geram imunidade por mais tempo
O motivador para que o corpo guarde a “lembrança” dos anticorpos ainda não foi definido, mas deixa os cientistas mais próximos de descobrir curas definitivas.
Um artigo publicado na revista científica Nature nesta segunda-feira (28/06) mostra detalhes de um estudo sobre as vacinas Pfizer e Moderna e dão mais luz a perguntas que ainda não foi possível obter respostas, como a duração do efeito dos imunizantes. A pesquisa sugere que as duas, por utilizarem a tecnologia de RNA mensageiro, obtêm resposta do corpo por mais tempo.
De acordo com o pesquisador Ali Ellebedy, professor da Escola de Medicina da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, ambas as vacinas estimulam uma imunidade persistente nos centros germinativos, estruturas formadas a partir de uma infecção que desencadeiam uma reação do corpo ao entrar em contato novamente com o agente patogênico.
“É nos centros germinativos que a nossa memória imunológica se forma”, explica o professor. Eles explicariam também por que a vacina contra varíola, por exemplo, pode durar pelo resto da vida após a aplicação, mas outras precisam de reforço, como a coqueluche.
O motivador para que o corpo guarde essa “lembrança” ainda não foi definido, mas deixa os cientistas mais próximos de descobrir curas definitivas para esse tipo de doença, como a Covid-19. “Nós ainda estamos monitorando os centros germinativos e eles não estão decaindo. Em algumas pessoas, ainda estão funcionando”, diz Ellebedy.
Até o momento, 14 participantes do estudo formaram centros germinativos que produziam anticorpos contra o Sars-CoV-2 após duas semanas da aplicação da vacina. Em nova análise, 15 semanas depois, oito ainda tinham centros detectáveis.