A variante Delta da Covid-19 já está presente em pelo menos 104 países, disse o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, em coletiva à imprensa desta segunda-feira (12/07). A previsão é que a cepa se torne dominante em todo o planeta em breve – “se é que não seja”, alertou a líder técnica da resposta à pandemia, Maria Van Kerkhove.

“Após dez semanas de declínio, o número de mortes está subindo de novo”, informou o diretor. “Delta e outras variantes estão liderando ondas catastróficas de casos de covid-19, que estão sendo traduzidos em um número alto de hospitalizações e morte.” Ele reforçou que, em países com baixa cobertura de vacinação, a situação é especialmente delicada e requer atenção.

Na semana passada, foi registrada a quarta semana de aumento nos casos fatais de coronavírus. “O mundo está assistindo em tempo real enquanto o vírus da Covid-19 continua a mudar e a se tornar mais transmissível”, disse ele.

A cientista-chefe da OMS, Soumya Swaminathan, havia previsto em junho que a variante estava se tornando dominante no mundo por conta de sua “maior transmissibilidade”. E, quanto mais um vírus é capaz de circular entre a população, mais ele se replica, podendo gerar ainda mais variantes.

Segundo autoridades, a contaminação por essa cepa tem sintomas diferentes dos reconhecidos no coronavírus inicial, mais semelhantes aos de um resfriado comum. São registradas menos ocorrências de tosse ou perda de paladar, mas temperatura alta, cansaço, perda de apetite, dores de cabeça e musculares ainda devem ser observados com atenção.