Desmatamento na Amazônia atinge segundo pior patamar em cinco anos
Números divulgados pelo Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe) nesta sexta-feira (06) se referem ao período de agosto de 2020 a julho de 2021
Segundo dados divulgados pelo Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe) nesta sexta-feira (06/08), o acumulado de alertas de desmatamento na Amazônia foi de 8.712 km² entre agosto de 2020 e 30 de julho deste ano, e representa o segundo pior patamar nos últimos cinco anos.
Entre agosto de 2019 e julho de 2020, o número tinha ficado em 9.216 km². Mesmo com a redução de 5% entre uma temporada e outra, o número continua alto. “Apesar da redução entre um ano e outro de 5%, seguimos em níveis altíssimos de desmatamento na Amazônia”, alerta o diretor-executivo do IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia), André Guimarães.
“Os três recordes da série foram batidos no governo Bolsonaro, no qual os alertas são 69,8% maiores que a média dos anos anteriores. O resultado indica que o desmatamento anual deverá, pela terceira vez, ficar próximo de 10 mil km², o que não ocorria desde 2008”, analisa o Observatório do Clima.
A medição do desmate no Brasil considera sempre a temporada entre agosto de um ano e julho do ano seguinte por causa das variações do clima. Com essa divisão do tempo, os pesquisadores conseguem levar em conta o ciclo completo de chuva e seca no bioma, analisando como o desmatamento e as queimadas na Amazônia oscilaram dentro dos mesmos parâmetros climáticos.
No acumulado do mês, houve queda na comparação entre julho de 2021 e 2020. No ano passado, os dados apontavam 1.654 km² de áreas com alertas de desmate. Em 2021, o total foi de 1.416 km².
A Amazônia Legal corresponde a 59% do território brasileiro e engloba a área de oito estados, como Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins e parte do Maranhão.