CPI decide sugerir indiciamento de Bolsonaro por charlatanismo
Segundo relator, senador Renan Calheiros (MDB-AL), depoimento de diretor de farmacêutica deixa claro que crimes foram cometidos.
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, decidiu nesta quarta-feira (11/08), que vai sugerir o indiciamento do presidente Jair Bolsonaro (Sem partido) pelos crimes de charlatanismo, curandeirismo, de epidemia e publicidade enganosa.
Somados, a pena por esses crimes pode resultar em reclusão superior a 18 anos de prisão. A medida foi discutida nesta quarta (11) entre o presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM), o vice-presidente, Randolfe Rodrigues (Rede-RR), e o relator, Renan Calheiros (MDB-AL).
De acordo com Calheiros, a decisão foi tomada após o depoimento com o diretor da farmacêutica Vitamedica, Jailton Barbosa. Segundo o senador, ficou claro que a empresa patrocinou a publicidade da ivermectina como se ela tivesse efeito contra a Covid-19, o que não é verdadeiro.
Bolsonaro foi um dos principais propagadores do uso do remédio no tratamento da Covid. A equipe de Renan Calheiros selecionou sete vídeos em que o presidente aparece falando bem do medicamento, em lives, discursos ou em conversas com apoiadores na entrada do Palácio da Alvorada. Os senadores também devem enquadrar o fabricante de ivermectina no indiciamento.