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sábado, 23 de novembro de 2024
Pedido

Ministério Público pede prisão preventiva de Flordelis

Advogados da família do pastor Anderson já haviam entrado com pedido de prisão após Flordelis perder mandato.

Postado em 13 de agosto de 2021 por admin
Ministério Público pede prisão preventiva de Flordelis
Advogados da família do pastor Anderson já haviam entrado com pedido de prisão após Flordelis perder mandato | Foto: Reprodução

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) pediu nesta sexta-feira (13/08) a prisão da ex-deputada federal Flordelis. A ex-parlamentar é suspeita de encomendar o assassinato de seu marido, o pastor Anderson do Carmo de Souza.

Em agosto de 2020, ela e outras 10 pessoas foram denunciadas pelo assassinato de Anderson, que ocorreu em 2019. Na época, a então deputada não teve sua prisão pedida por conta da imunidade parlamentar.

Nesta semana, o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados cassou o mandato de Flordelis por quebra de decoro. A decisão foi publicada no Diário Oficial da Câmara na última quinta-feira (12).

“Com a perda do mandato de parlamentar, a situação jurídica da ré deve ser revista, para sanar a desproporcionalidade que havia entre as medidas cautelares impostas e os fatos imputados e as condutas que a ré praticou para interferir na instrução e se furtar no momento da aplicação da lei penal”, diz o pedido encaminhado à 3ª Vara Criminal de Niterói.

O documento apresentado pelo MP destaca que, ao longo de toda a persecução penal, ficou claro que a liberdade da investigada colocava em risco a instrução criminal e a aplicação da lei penal, sendo necessária a prisão preventiva da ré.

No pedido de prisão, o MP afirma que, “além da gravidade da conduta criminosa, a ex-deputada, poucos dias após o homicídio, orientou os demais corréus para que o celular da vítima fosse localizado e suas mensagens comprometedoras fossem apagadas, bem como que fossem queimadas as roupas com possíveis vestígios forenses”.

Ainda segundo o Ministério Publico, Flordelis providenciou treinamento a réus e testemunhas que foram intimadas a prestar depoimento, solicitando que as testemunhas mentissem a polícia e alterassem versões já fornecidas.

A motivação do crime seria o fato de a vítima manter rigoroso controle das finanças familiares e administrar os conflitos de forma rígida, “não permitindo tratamento privilegiado das pessoas mais próximas a Flordelis, em detrimento de outros membros da numerosa família”.

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