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sábado, 23 de novembro de 2024
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Processo canônico

Afastado, padre Robson responde também a processo interno da Igreja

O retorno de padre Robson de Oliveira para as atividades religiosas na Igreja Católica devem demorar. É que, embora houve o arquivamento do processo criminal, o ex-reitor do Santuário Basílica de Trindade, segue sendo investigado civilmente pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) e pela própria Igreja Católica. Por nota, o presidente da Associação Filhos do […]

Postado em 17 de agosto de 2021 por Nielton Soares
Afastado
Apesar de arquivamento de processo criminal

O retorno de padre Robson de Oliveira para as atividades religiosas na Igreja Católica devem demorar. É que, embora houve o arquivamento do processo criminal, o ex-reitor do Santuário Basílica de Trindade, segue sendo investigado civilmente pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) e pela própria Igreja Católica.

Por nota, o presidente da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe), padre André Ricardo de Melo, explicou que “a própria Igreja tem seu rito de investigação que já foi iniciado o processo canônico” contra o ex-presidente da entidade.

André citou ainda que as acusações contra o padre Robson foi uma surpresa para a Igreja. “Todos fomos surpreendidos com as acusações feitas ao Pe. Robson, antigo presidente da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe) e, para preservar a entidade e a Igreja, foi feita a imediata substituição de toda diretoria”, cita.  

Relembre

Padre Robson foi alvo de investigações de supostos crimes, como lavagem de dinheiro, apropriação indébita, falsificação de dados e sonegação fiscal, que envolveu a Afipe, presidida por ele, à época, que tinha função de arrecadar recursos que deveriam ser utilizados em projetos sociais.

O religioso e outros suspeitos foram investigados pela Operação Vendilhões, deflagrada em 21 de agosto do ano passado, quando se cumpriram 16 mandados de busca e apreensão na sede das Afipes, empresas e residências em Goiânia e Trindade, expedidos pelo Juízo da Vara de Feitos Relativos a Organizações Criminosas e Lavagem de Capitais, em decisão da juíza Placidina Pires.

Porém, neste ano, padre Robson obteve vitórias na Justiça. Em maio, o ministro Olindo Menezes, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), derrubou a medida que permitia a prosseguimento das investigações contra ele, no âmbito da Operação Vendilhões, conduzida pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO). A decisão foi assinada na última terça-feira (18), mas só veio a público neste sábado.

Nota na íntegra

Agradecemos pelo seu contato. Entendemos sua chateação. Na condição de Redentoristas somos fiéis servidores do Evangelho de Jesus. Ao mesmo tempo em que servimos, também nos tornamos destinatários dessa mensagem redentora. Por isso, não só evangelizamos, mas igualmente, nos deixamos evangelizar. É preciso ter, no coração, o reconhecimento de que a evangelização parte da experiência de sermos filhos do Divino Pai Eterno.

À medida que experimentamos esse Amor tratamos logo de compartilhá-lo com os demais. Afinal de contas, algo tão grandioso assim, não pode ficar somente conosco. Eis aí a motivação primeira e derradeira pela qual evangelizamos: apresentar a todos um Deus com rosto de Pai e que, em Seu amor, nos faz inteiramente filhos!

Com atenção lemos o e-mail que você nos endereçou e lhe agradecemos por cada

palavra nele contido. Também fomos pegos de surpresa com tudo o que aconteceu.

A Congregação do Santíssimo Redentor de Goiás está vivendo tempos difíceis, de provação da fé, da unidade da Igreja, da união dos devotos do Divino Pai Eterno. Todos fomos surpreendidos com as acusações feitas ao Pe. Robson, antigo presidente da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe) e, para preservar a entidade e a Igreja, foi feita a imediata substituição de toda diretoria.

Entendemos que a missão que nos foi confiada pesa sobre nossos ombros, nos traz responsabilidades e culpas que não possuímos, mas este é o nosso fardo.

Ausência do ex-presidente da Afipe na TV Pai Eterno, não foi uma escolha nossa, mas uma exigência jurídica.  Mesmo com o arquivamento no processo criminal do ex-presidente da Associação, ainda segue uma investigação cível no Ministério Público do Estado de Goiás. Além dela, a própria Igreja tem seu rito de investigação que já foi iniciado, o processo canônico. Portanto, é necessário aguardar o andamento de todos esses processos.

Da nossa parte, pedimos humildemente que permaneça rezando por nós. É o que temos feito também por cada devoto. Esse período difícil passará. “Amados, não fiquem alarmados. Ao contrário, alegrem-se por estarem participando dos sofrimentos de Cristo, para que vocês também se alegrem e exultem ao se revelar a glória dele”

(I Pd 4,12-13).

Você é testemunha fiel do trabalho evangelizador que empreendemos ao longo dos últimos anos. O nosso sincero agradecimento, com o envio das bênçãos do Divino Pai Eterno.

Pe. André Ricardo de Melo,

C.Ss.R.

Provincial dos Missionários Redentoristas de Goiás

Presidente da Afipe

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