Polícia Civil realiza operação contra fraudes na aquisição de cestas básicas em Itapaci
Nesta terça feira (31/08), a Polícia Civil do Estado de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Administração Pública – DERCAP, realizou a operação WELFARE, com o objetivo de cumprir 16 mandados de busca e apreensão em residências, órgãos públicos e em um estabelecimento comercial do município de Itapaci-GO. De […]
Nesta terça feira (31/08), a Polícia Civil do Estado de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Administração Pública – DERCAP, realizou a operação WELFARE, com o objetivo de cumprir 16 mandados de busca e apreensão em residências, órgãos públicos e em um estabelecimento comercial do município de Itapaci-GO.
De acordo com a PC, mais medidas foram determinadas pelo Poder Judiciário local em razão de investigação da Polícia Civil que apontou supostas fraudes a licitação na aquisição de cestas básicas para distribuição a população carente da cidade.
Durante as investigações, foi verificado que nos anos de 2017 a 2020 houve o direcionamento de licitações realizadas pelo município de Itapaci-GO para que um mesmo estabelecimento comercial vencesse os procedimentos e pudesse fornecer cestas básicas que seriam distribuídas por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social.
O chefe do Departamento de Compras da Prefeitura Municipal de Itapaci-Go, a quem cabia a incumbência de repassar as necessidades de aquisições da Prefeitura e dar início aos procedimentos licitatórios é a pessoa que de fato administra o supermercado que tronou-se vencedor de 11 licitações seguidas no município, segundo as investigações da PC.
Somente com a aquisição de cestas básicas no período investigado o município empenhou o montante de R$ 3.136.000,00 (três milhões, cento e trinta e seis mil reais).
De outro turno, foi apurado pela PC que a distribuição das cestas básicas não atendeu a todas as pessoas inscritas nos programas sociais da Prefeitura, denotando a falta de critérios para a concessão do benefício e a não entrega efetiva dos produtos adquiridos com dinheiro público.
As investigações estão em sua fase final e os suspeitos poderão responder por crimes de associação criminosa, fraude a licitação e peculato, cujas penas máximas se somadas podem chegar a 19 anos de prisão.