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sábado, 23 de novembro de 2024
Alta nos Preços

Governadores de 20 estados afirmam que aumento da gasolina é problema nacional

Nos últimos 12 meses, valor do combustível registrou aumento superior a 40%

Postado em 20 de setembro de 2021 por Maria Paula Borges
Governadores de 20 estados afirmam que aumento da gasolina é problema nacional
Nos últimos 12 meses

Em carta, 20 governadores respondem às acusações do presidente da república Jair Bolsonaro (sem partido) com relação ao aumento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) no combustível. De acordo com o texto, nos últimos 12 meses, o preço da gasolina registrou aumento de mais de 40%, mesmo que nenhum Estado tenha aumentado o imposto incidente sobre os combustíveis. Para os subscritores, o problema é nacional e não apenas de uma unidade federativa.

Devido ao aumento do preço do combustível e com a pressão de setores como o de caminhoneiros, ao longo dos últimos meses, Bolsonaro tem colocado a responsabilidade nos governadores. Segundo o presidente, o aumento se deve em grande parte ao imposto estadual. Além disso, Bolsonaro tem incentivado seus eleitores a pressionarem os governadores para solucionar o problema. Os gestores incluíram no manifesto, a fim de deixar claro que o presidente falta com a verdade, mas sem citá-lo, que “falar a verdade é o primeiro passo para resolver um problema”.

No início deste mês, o governo federal entrou com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para obrigar os Estados a adotarem alíquota única de ICMS sobre os combustíveis. O documento é assinado por Bolsonaro e por Bruno Bianco, advogado-geral da União, e pede que o tribunal fixe prazo de 120 dias para que o Congresso aprove uma nova lei sobre o tema. A petição encaminhada é uma Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO). O presidente alega que o Congresso foi omisso ao não editar lei complementar para regular a cobrança do imposto no país.

O preço da gasolina é composto pelo fato da Petrobras, que, na semana de 5 a 11 de setembro, era 33,5%; pelo ICMS, que, na média do país, estava em 27,6%; os tributos federais Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) e Programa de Integração Social e Programa do Patrimônio do Servidor Público (PIS/Pasep), e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS); custo do etanol anidro; e pela parte da distribuição e revenda. No diesel, a fatia da Petrobras chega a 52,4%.

Os governadores que assinaram a nota foram Rui Costa, da Bahia; Cláudio Castro, do Rio de Janeiro; Flávio Dino, do Maranhão; Helder Barbalho, do Pará; Paulo Câmara, de Pernambuco; João Dória, de São Paulo; Romeu Zema, de Minas Gerais; Ronaldo Caiado, de Goiás; Mauro Mendes, de Mato Grosso; Eduardo Leite, do Rio grande do Sul; Camilo Santana, do Ceará; João Azevêdo, da Paraíba; Renato Casagrande, do Espírito Santo; Wellington Dias, do Piauí; Fátima Bezerra, do Rio Grande do Norte; Renan Filho, de Alagoas; Belivaldo Chagas, de Sergipe; Reinaldo Azambuja, de Mato Grosso do Sul; Ibaneis Rocha, do Distrito Federal; e Waldez Góes, do Amapá.

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