OMS toma decisão histórica e aprova a ampla vacinação contra a malária
Após testar vacinas em 800 mil crianças de 3 países, OMS vai ampliar a vacinação contra a malária para regiões com altas taxas de transmissão
Em decisão histórica realizada hoje (6/10), a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou a vacinação ampla de crianças contra a malária. A medida deve beneficiar aquelas populações que vivem em regiões com altas taxas de transmissão, assim como a África Subsaariana .
A decisão foi tomada depois da análise dos resultados de um programa piloto que ainda está em andamento em Gana, Quênia e Malaui. Ao todo, o estudo atingiu mais de 800 mil crianças que foram testadas e receberam o imunizante.
Criada há cerca de 30 anos, a vacina só teve investimentos mais pesados na última década. O estágio final de testes ocorreu entre 2011 e 2015. O imunizante utilizado é o Mosquirix, produzido pela GlaxoSmithKline e administrado num esquema vacinal de quatro doses para crianças a partir de cinco meses de idade.
A OMS informou que ainda está finalizando as fontes que ajudarão a custear o envio das doses para as regiões afetadas. “A vacina antimalárica, tão esperada para crianças, é um progresso da ciência, da saúde infantil e da luta contra a malária”, afirmou em nota o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
A malária está entre as doenças infecciosas e mortais mais antigas que se tem conhecimento. De acordo com a OMS, a malária é a principal causa de adoecimento e morte de crianças na África Subsaariana. Somente em 2019, a malária provocou 260 mil óbitos em crianças com menos de cinco anos.
Além disso, a OMS espera a inclusão do imunizante como parte das estratégias nacionais de vacinação.