Chuvas melhoram mananciais pelo interior do Estado
Mananciais de quatro cidades tiveram uma melhora da vazão com últimas chuvas
Com a chegada da chuva, a falta de água em algumas cidades do interior, que enfrentavam rodízio, teve melhora. Os mananciais voltaram a ficar cheios, o que trouxe uma normalização por enquanto. Moradores de São Luiz do Norte, Goianésia, São Luís de Montes Belos e Crixás estavam recebendo água em dias escalonados.
O superintendente regional da Saneago de Operações do Interior, Ari Ramos, explica que ações foram executadas durante a estiagem, prevista para ser uma das mais críticas dos últimos tempos. “Somente, assim, foi possível oferecer o rodízio. Aconteceram poucas chuvas, mas agora a população irá reduzir o consumo de água”, diz.
Além disso, ele alerta que o fenômeno La Niña deve predominar em alguns municípios goianosnopróximo ano.Épreocupante, mas não iremos diminuir o ritmo de planejamento”, informa. As cidades mais afetadas devem ser as mesmas que passaram pelo rodízio.
A falta de chuvas no Estado é atribuída ao fenômeno La Niña, que é responsável pela irregularidade no clima, afirma o gerente do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), André Amorim. Ele explica que o fenômeno interfere na produção de frente fria. “Este ano, estamos com poucas frentes avançando no País e dependemos delas para que chova. Com menos chuvas, a temperatura tende a aumentar e a umidade do ar a cair”, informa.
Além disso, outros fatores interferem na ausência de chuvas em Goiás. É um acúmulo de acontecimentos dos últimos anos. “Tivemos muita irregularidade em cinco anos, com baixos índices pluviométricos.
Abastecimento em Goiânia
Goiânia conta com o abastecimento de água tratada universalizado. E garante aos cidadãos goianienses o acesso ao serviço e, consequentemente, mais saúde e qualidade de vida. Essa realidade supera a média brasileira para o quesito: 83,3%, segundo o mais recente diagnóstico do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (Snis).
“Temos três sistemas produtores, que utilizam dois mananciais: Meia Ponte (captação superficial) e Mauro Borges/ João Leite (água represada). O Sistema Meia Ponte é constituído pela Captação Meia Ponte e pela Estação de Tratamento de Água (ETA) Meia Ponte, cuja capacidade de tratamento é de 2.000 l/s. Já o Sistema Mauro Borges/João Leite engloba a Barragem João Leite, a ETA Mauro Borges e a ETA Jaime Câmara – que têm capacidade de tratamento de 4.000 l/s e 2.000 l/s, respectivamente”, diz o gerente de produção da Saneago, Reigiele dos Santos.
“Atualmente, o Sistema Mauro Borges/João Leite já é responsável por dois terços da produção da água distribuída em Goiânia e na Região Metropolitana. O setor operacional da Saneago está expandindo gradualmente essa zona de abrangência com o objetivo de diminuir cada vez mais a área de influência do Sistema Meia Ponte, que costuma sofrer drástica redução de vazão durante o período de estiagem”, pontua o gerente Reigiele. (Especial para O Hoje)