Pesquisa mostra que a maioria dos países latinos enfrentam superlotação carcerária
O Brasil tem 146,8% de taxa de ocupação e, em números totais, possui a terceira maior população carcerária do mundo, com 773 mil pessoas encarceradas
O Equador registrou no início do mês de outubro o motim carcerário mais violento de sua história, deixando pelo menos 119 mortos. O país enfrenta grave problema de superlotação carcerária, com 133% de ocupação nos presídios, porém, o país sul-americano está longe de ser o que tem mais pessoas encarceradas na região.
O Equador não está nem no “top 10” dos países latino-americanos e caribenhos com as prisões mais superlotadas.
Segundo dados do World Prison Brief (WPB), principal banco de dados mundial sobre sistemas carcerários, todos os países sul-americanos, com exceção do Suriname, possuem taxa de ocupação penitenciária acima de 100%.
O topo da lista é ocupado pela Bolívia, com 269,9% de vagas nos presídios ocupadas, quase o triplo de sua capacidade. Na sequência vem o Peru, também com mais do que o dobro de sua capacidade, num total de 223,6% de ocupação.
A situação do Brasil também é preocupante. O país tem 146,8% de taxa de ocupação carcerária e, em números totais, possui o terceiro maior número de presos do mundo, com 773 mil pessoas encarceradas, segundo o governo. Perde apenas para os Estados Unidos e Rússia, primeiro e segundo colocados, respectivamente.
Já na América Central, o Haiti é o que está em pior situação. O país mais pobre das Américas tem uma ocupação penitenciária de 454,4%.