Justiça declara greve dos médicos de Anápolis ilegal e prevê multa de R$ 5 mil por dia
Em nota de repúdio divulgada nas redes sociais, o Sindicato dos Médicos de Anápolis ressaltou que nenhum médico deixou de cumprir seu ofício.
Após o Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) determinar a suspensão imediata da paralisação dos profissionais da Saúde de Anápolis, o Sindicato dos Médicos de Anápolis (Simea) informou que a greve foi paralisada provisoriamente, a decisão da justiça prevê multa diária de R$ 5 mil caso o Simea desconsidere a decisão do Poder Judiciário.
A decisão tomada foi da juíza Camila Nina Erbetta Nascimento que declarou em nota: “Diante do exposto, defiro o pedido antecipatório para determinar aos servidores da saúde do Município de Anápolis-GO que suspendam de imediato o movimento grevista deflagrado até o final da presente ação, dando integral continuidade à prestação do serviço público de saúde do Município de Anápolis/GO, sob pena de multa diária de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), sem prejuízo de sanções criminais e administrativas aplicáveis”, finalizou.
De acordo com o sindicato, mais de 250 profissionais que atuam nos hospitais públicos de Anápolis estavam em greve desde às 7h da última sexta-feira (15/10). Ainda segundo o Simea, enquanto durou a greve, os atendimentos eletivos estavam suspensos. Já os atendimentos de urgência e emergência foram mantidos nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA).
Entre as reclamações dos médico, a categoria destaca más condições de trabalho, falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), degradação da estrutura das unidades de saúde, a não convocação dos médicos aprovados em concurso, dando prioridade para contratação via credenciamento, além de salários defasados e a retirada da gratificação concedida em 2017 para amenizar o problema do salário na época, com redução de em média R$ 2 mil mensais da remuneração.
Em nota de repúdio divulgada nas redes sociais, o Sindicato dos Médicos de Anápolis ressaltou que nenhum médico deixou de cumprir seu ofício. “Ressaltamos que tais médicos, em nenhum momento, abandonaram seus postos de trabalho, mas cumpriram seus horários de trabalho, atenderam todas as intercorrências e não deixaram a população desassistida”, diz a nota.