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sábado, 23 de novembro de 2024
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Corrupção

Comurg é alvo de operação do MPGO e prisões são realizadas na sede da companhia

A sede da Companhia de Urbanização do Município de Goiânia (Comurg), na Vila Aurora, em Goiânia foi alvo de uma operação do Ministério Público de Goiás (MPGO), com apoio da Polícia Militar de Goiás (PMGO). Ao todo, até o momento, foram cumpridos sete mandados de prisão e 36 de busca e apreensão, durante a manhã […]

Postado em 26 de outubro de 2021 por Nielton Soares
Comurg é alvo de operação do MPGO e prisões são realizadas na sede da companhia
Polícia cumpriu mandados no Setor Aurora e há desdobramentos também no Setor Bueno. As suspeitos são de fraudes de licitações e corrupção | Foto: reprodução

A sede da Companhia de Urbanização do Município de Goiânia (Comurg), na Vila Aurora, em Goiânia foi alvo de uma operação do Ministério Público de Goiás (MPGO), com apoio da Polícia Militar de Goiás (PMGO). Ao todo, até o momento, foram cumpridos sete mandados de prisão e 36 de busca e apreensão, durante a manhã desta terça-feira (26/10).

A força-tarefa chegou à companhia por volta de 5h30 e servidores foram impedidos de entrar no prédio, o que resultou em aglomeração do lado de fora. A operação teve também desdobramentos ainda no Setor Bueno.

As informações prévias é que um grupo empresarial estava sendo beneficiando por um esquema para praticar fraudes em licitações, com indícios de corrupção. Além disso, os promotores de Justiça apura o envolvimento no esquema de uma loja de pneus, localizado no mesmo setor da Comurg.

De acordo com os investigadores, há uma organização criminosa com ramificações por 148 municípios goianos, 49 municípios do Estado de Mato Grosso, um município do Tocantins e um município da Bahia.

Esse grupo já teria dado prejuízos ao poder público de mais de R$ 71 milhões em contratos firmados apenas em Goiás. As fraudes são chamadas pelo MPGO de Falso Simples, quando certames foram burlados qualificando como empresa de pequeno porte ou microempresa um único grupo empresarial de grande porte.

Para tanto, os investigados teriam criado várias empresas laranjas com o intuito de blindar o patrimônio e esconder a verdadeira identidade proprietária das pessoas jurídicas, que eram sócias de empresas, criando uma grande teia, que levava a um mesmo grupo econômico-familiar.

O esquema foi descoberto porque as empresas possuíam o mesmo endereço e o mesmo núcleo familiar nos quadros sociais, o caracterizou ser um único conglomerado, atuando em conjunto.

Nota do Paço

A Prefeitura de Goiânia informa que está à disposição para colaborar com as investigações que culminaram na operação realizada na manhã desta terça-feira, dia 26, pelo Gaeco do Ministério Público de Goiás.

Ressalta que as informações iniciais apontam para suposto esquema ilícito, que teria acontecido em gestões anteriores. Há suspeitas de Ilegalidades praticadas por grupo econômico-familiar em vários estados. Informa que não existe investigação contra servidores públicos ou por crime de improbidade administrativa. Apenas foram coletados documentos para subsidiar a investigação contra um grupo empresarial.

O Executivo municipal se mantém à disposição da justiça para quaisquer esclarecimentos e fará acompanhamento do caso para a adoção de todas medidas cabíveis, caso sejam identificadas.

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