PF encontra indícios de falsidade ideológica em contratos para compra da Covaxin
Foram encontrados também indícios de utilização de documentação falsa e associação criminosa por funcionários da empresa
Foram encontrados pela Polícia Federal (PF) indícios de falsidade ideológica, utilização de documentos falsos e associação criminosa cometidos por funcionários da Precisa Medicamentos. Os trabalhadores da empresa atuaram nas negociações junto ao Ministério da Saúde para venda da Covaxin, vacina contra a Covid-19, para o Governo Federal. A informação foi confirmada pela CNN, nesta quarta-feira (03/10).
Além disso, segundo a PF, foram encontrados ainda indícios de lavagem de dinheiro cometidos por condutores da empresa Fib Bank, que garantiu a assinatura do contrato, sem consentimento do Banco Central.
Após a descoberta, a PF realizou no mês passado outra operação de busca e apreensão na sede da Precisa Medicamentos, em endereços ligados ao sócio da empresa, Francisco Maximiano. Foram apontados ainda, Marcos Tolentino, como sócio oculto do Fib Bank, e Emanuela Medrades, diretora técnica da Precisa. O inquérito aberto pela polícia teve como base a CPI da Pandemia do Senado Federal.
O Ministério da Saúde pretendia comprar 20 milhões de doses da Covaxin ao custo aproximado de R$ 80 por dose, sendo essa a mais cara adquirida pelo governo, e cerca de R$ 1,6 bilhão seriam investidos. O contrato foi assinado em agosto de 2021 e foi cancelado pela Controladoria Geral da União (CGU) devido a irregularidades na transação.