Um menino de 8 anos, Gustavo Saldanha, tem apenas 8 anos e é o brasileiro mais jovem a ser aceito na Mensa International, sociedade internacional de pessoas com alto quociente de inteligência (QI), clube de gênios. Gustavo toca violão, guitarra, teclado, ukulele e baixo, se arrisca em bateria e gaita, além de saber praticamente todas as músicas dos Beatles, instala sistemas operacionais em tecnologia.

Apesar de ainda estar estudando no ensino fundamental de uma escola particular, em São Paulo, já tem promessa de bolsa de estudos na Logos University International (Unilogos), nos Estados Unidos.

A mãe de Gustavo, Luciane Saldanha, conta que não desconfiava de qualquer excepcionalidade na inteligência do filho. Segundo ela, quando ele era bebê, demorou mais que a média para aprender a falar, tendo pronunciado as primeiras palavras quase aos 3 anos de idade. “A gente só percebia que ele era mais inquieto e curioso. Na brinquedoteca, queria mexer na TV ou no interfone. Tinha interesses diferentes, mas nada que, para a família, fosse sinal de inteligência superior”, conta a mãe.

O desempenho do menino começou a chamar atenção quando, aos 5 anos, aprendeu a cantar cinco músicas dos Beatles para uma apresentação de Dia das Mães na escola. Nos momentos de lazer, o menino passou a comparecer a apresentação de conjuntos cover e a fazer aulas de violão e guitarra.

Com a pandemia shows foram interrompidos e as escolas cancelaram atividades presenciais. Devido à ausência de atividades regulares, Gustavo descobriu um dom na tecnologia. “Em pouco tempo, meu filho já estava apaixonado pelas plataformas de reunião, como Zoom e Google Meet. Começou até a mexer nos sistemas operacionais e a transformar Windows em Mac”, diz Luciane. “Aí, a gente falou: nossa, as crianças estão entediadas em casa, querendo voltar para a escola, e nosso filho curtindo o desenvolvimento na tecnologia nessa velocidade? Estava estranho”.

Ao ver o desenvolvimento fora de série do filho, os pais de Gustavo procuraram um centro de apoio a crianças com desenvolvimento intelectual em São Paulo. Após 5 dias de testes online, os especialistas descobriram que ele tinha um QI elevado, alcançando 99 de percentil de acertos no WAIS III, uma das avaliações de inteligência mais conceituadas do mundo.

Diante do resultado, a escola do menino foi orientada a oferecer a ele um foco maior em suas habilidades, incluindo mais aulas de música e maior contato com a tecnologia. Além disso, o desempenho de Gustavo chamou atenção do neurocientista Fabiano Abreu, membro do “clube de gênios”. “A Mensa Brasil não aceita crianças, então, recomendei aos pais do Gustavo que submetessem a candidatura do filho à Mensa International”, conta o especialista.