Quatro ministros do Supremo Tribunal Federal votam por suspensão do orçamento secreto
São necessários seis votos para se formar maioria.
Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber, Cármen Lúcia, Luís Roberto Barroso e Edson Fachin votaram pela suspensão do chamado orçamento secreto. São necessários seis votos para se formar maioria.
A relatora da ação, Rosa Weber, foi a primeira a se manifestar durante a sessão virtual. A liminar concedida por ela está sendo analisada pelos pares, em que determinou o bloqueio da destinação de verbas ao que foi considerado “um novo mensalão”. O esquema foi descoberto em maio deste ano, no qual o governo Bolsonaro teria liberado o governo Bolsonaro liberou quase R$ 1 bilhão em emendas a deputados para manter votos no plenário.
“A utilização de emendas orçamentárias como forma de cooptação de apoio político pelo Poder Executivo, além de afrontar o princípio da igualdade, na medida em que privilegia certos congressistas em detrimento de outros, põe em risco o sistema democrático mesmo”, afirmou a ministra Cármen Lúcia.
“Esse comportamento compromete a representação legítima, escorreita e digna, desvirtua os processos e os fins da escolha democrática dos eleitos, afasta do público o interesse buscado e cega ao olhar escrutinador do povo o gasto dos recursos que deveriam ser dirigidos ao atendimento das carências e aspirações legítimas da nação”, argumentou a ministra.
Os magistrados devem registrar seu votos até às 23h59 de quarta-feira (10).