Câmara adia votação de propostas contra queimadas para após eleições
Deputados priorizam campanhas eleitorais e evitam discutir o “pacotão” contra crimes ambientais neste momento
A Câmara dos Deputados deve adiar a análise das propostas de combate às queimadas para depois das eleições. O governo considerou acelerar a discussão com um pedido de urgência, mas o cenário atual torna essa medida improvável. Com Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, em Nova York para acompanhar a Assembleia Geral da ONU, as votações foram postergadas.
Outro fator que influencia o adiamento é a falta de interesse dos parlamentares em interromper suas campanhas eleitorais, faltando apenas duas semanas para o pleito. Entre os projetos que aguardam apreciação, estão iniciativas que endurecem as punições para crimes ambientais e a medida provisória 1258/24, que destina R$ 514 milhões ao combate de incêndios na Amazônia. Também está em pauta a regulamentação das atividades dos brigadistas florestais e ações para proteger a saúde das comunidades afetadas pelas queimadas.