Rússia explode satélite, coloca em risco astronautas e gera milhares de pedaços de lixo espacial
Um satélite russo foi explodido nessa segunda-feira (15/11) e gerou mais de 1.500 fragmentos e milhares de detritos pela órbita da Terra. As informações são do departamento de Estado dos Estados Unidos. O satélite foi atingido por um míssil terrestre lançado pela própria Rússia. Porém, segundo o governo norte-americano, os detritos espaciais cruzaram com a […]
Um satélite russo foi explodido nessa segunda-feira (15/11) e gerou mais de 1.500 fragmentos e milhares de detritos pela órbita da Terra. As informações são do departamento de Estado dos Estados Unidos.
O satélite foi atingido por um míssil terrestre lançado pela própria Rússia. Porém, segundo o governo norte-americano, os detritos espaciais cruzaram com a Estação Espacial Internacional (ISS) a cada 93 minutos a uma velocidade de 28 mil quilômetros por hora, colocando em risco a vida de sete pessoas, três astronautas americanos, um astronauta japonês, um astronauta francês e dois cosmonautas russos, que vivem no local.
O governo destacou ainda que três astronautas da NASA e um astronauta alemão da Agência Espacial Europeia, que estavam ancorados dentro da SpaceX Crew Dragon, tiveram que tomar precauções ao abrir as escotilhas da nave para retornar à estação espacial.
Nos últimos dois anos, o Comando Espacial dos Estados Unidos vem rastreando testes de sistemas antissatélites (ASAT) feitos pela Rússia. No ano passado, os norte-americanos identificaram dois testes com a tecnologia, porém parecem não ter sido destruído nenhum alvo no espaço.
No entanto, os russos não são os únicos a realizar esses lançamentos de mísseis para o espaço. Em 2007, a China realizou um teste ASAT destruído o próprio satélite Fengyun 1C, que gerou milhares de lixo espacial, muitos desses fragmentos estão em órbita pela Terra. Já a Índia fez uma operação semelhante em 2019, resultando em centenas de fragmentos.
Já os Estados Unidos realizou um teste ASAT, em 2008, ao destruir um satélite lançado pelo National Reconnaissance Office, que tinha saindo de órbita com um tanque, contendo meia tonelada de um combustível tóxico chamado hidrazina.