11% dos produtos de origem vegetal comercializados não são seguros para consumo, diz pesquisa
10% estão relacionados a resíduos de defensivos agrícolas e 1% apresentou “contaminantes”, como salmonella e micotoxinas.
Um levantamento realizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) aponta que 11% das amostras de produtos de origem vegetal analisadas pelo Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes (PNCRC) em Produtos de Origem Vegetal não estão dentro do “nível de conformidade”. Apesar dessa porcentagem negativa, a maior parte dos vegetais comercializados no Brasil são seguros para consumo, segundo o a pesquisa.
O estudo realizado em 2019 e 2020, aponta que entre os 11% dessas amostras com “inconformidade”, 10% estão relacionados a resíduos de defensivos agrícolas e 1% apresentou “contaminantes”, como salmonella e micotoxinas. Dos 89% dentro da conformidade, 49% dos produtos analisados não apresentaram nenhum resíduo e contaminante. Os outros 40% apresentaram valores abaixo do limite máximo de resíduos estabelecido no Brasil.
Os testes foram feitos em culturas produtos como abacaxi, alface, alho, amêndoa, amêndoa de cacau, amendoim, arroz, avelã, banana, batata-inglesa, beterraba, café, castanha de caju, castanha do Brasil, cebola, cenoura, cevada malteada, citros, farinha de trigo, feijão, goiaba, kiwi, maçã, mamão, manga, melão, milho, morango, pera, pimenta do reino, pimentão, soja, tomate, trigo e uva.
Os produtos que apresentaram “100% de conformidades” no período foram o alho, amêndoa, avelã, café, castanha de caju, castanha do Brasil, cebola, cevada malteada, manga e pimenta do reino. Em relação aos que apresentaram inconformidades abaixo de 70% (a maioria por uso de produtos não permitidos para a cultura) foram feijão comum, goiaba, morango, feijão-de-corda e pimentão.
As empresas embaladoras dos produtos foram autuadas, uma vez que, segundo o diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal, Glauco Bertoldo, “já é possível a responsabilização dos agentes da cadeia produtiva, nos casos de não conformidade”. Até 2019, as irregularidades detectadas pelo PNCRC em Produtos de Origem Vegetal eram apenas notificadas aos infratores.
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