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sábado, 23 de novembro de 2024
OPERAÇÃO MERCADO DE DADOS

Operação da PF revela escândalo de venda de dados brasileiros no INSS

As investigações começaram em setembro de 2023 e revelaram uma organização criminosa sofisticada, com atividades em diversas regiões do Brasil

Postado em 26 de setembro de 2024 por Thaynara Raquel
Aplicativo de acesso ao INSS. Créditos: depositphotos.com / rafapress
Aplicativo de acesso ao INSS. Créditos: depositphotos.com / rafapress

Na manhã desta quinta-feira (26), a Polícia Federal lançou a operação “Mercado de Dados” para desmantelar um esquema criminoso que envolvia a venda de dados pessoais de brasileiros.

A operação cumpre 29 mandados de busca e 18 mandados de prisão preventiva em vários estados, incluindo São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Alagoas, Pará, Goiás, Paraná, Bahia e no Distrito Federal.

Estrutura da Organização Criminosa

A investigação revelou que a organização operava em três grupos principais:

  1. Hackers: Especialistas em cibersegurança que tinham acesso direto ao banco de dados do INSS.
  2. Servidores da Autarquia: Funcionários que vendiam suas credenciais de acesso aos sistemas internos.
  3. Comerciantes de Dados: Responsáveis pela venda das informações dos beneficiários a terceiros.

Hacker Renomado Como Principal Alvo

Um dos principais alvos da operação é um hacker reconhecido por suas habilidades em invadir sistemas. Ele já havia sido investigado pela Polícia Federal e é considerado um dos melhores do Brasil. Esse hacker conseguiu burlar autenticações multifator e alterar níveis de acesso das credenciais dos servidores do INSS.

Medidas Judiciais

A justiça impôs ações severas contra os envolvidos:

  • Sequestro de 24 imóveis pertencentes aos membros da organização.
  • Bloqueio de até R$ 34 milhões em recursos financeiros nas contas dos investigados.

Implicações Legais

Os acusados enfrentarão várias acusações, incluindo:

  • Organização criminosa
  • Corrupção
  • Invasão de dispositivos informáticos
  • Violação de sigilo funcional
  • Obtenção e comercialização de dados sigilosos
  • Lavagem de capitais

Caso sejam condenados, as penas podem ultrapassar 15 anos de prisão.

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