Uso de cabeças de cadáveres em cursos de harmonização facial no Brasil surpreende e gera debate
A prática chamou ainda mais atenção quando a influenciadora Helen Fernandes, famosa no BlueSky como Malfeitona, revelou os detalhes
O uso de cabeças de cadáveres congeladas em cursos de harmonização facial no Brasil está causando espanto e, além disso, provoca intensas discussões nas redes sociais. Alunos desses cursos utilizam essas cabeças, chamadas de “fresh frozen”, que são importadas dos Estados Unidos.
A influencer revelou que os cursos compram cabeças de pessoas executadas nos EUA. Esses cadáveres são preferidos por estarem frescos e, mais importante, por terem a causa da morte confirmada. Além disso, cada cabeça vem etiquetada com o nome da pessoa.
Desde então, a técnica, amplamente usada nos Estados Unidos, tem se expandido no Brasil. O primeiro Instituto de Treinamento em Cadáveres Frescos abriu em Balneário Camboriú em 2019, e recentemente, Recife também inaugurou uma filial, o que gerou polêmica entre os moradores locais.
No entanto, essa prática tem ganhado popularidade. Por exemplo, vÃdeos no TikTok que discutem essa técnica e promovem os cursos circulam frequentemente. Para manter os corpos em boas condições, as empresas os congelam, já que a preservação em formol comprometeria a qualidade. Isso permite que os profissionais de estética realizem simulações de procedimentos de maneira mais realista.
O Brasil, por outro lado, enfrenta há anos uma escassez de cadáveres para ensino e pesquisa. De acordo com um estudo da Revista Brasileira de Educação Médica, o paÃs precisa aprimorar a legislação para facilitar o uso de corpos humanos. Consequentemente, com a crescente demanda no mercado estético, o Brasil aumentou a importação de cadáveres. Em 2022, uma cabeça com pescoço chegou a custar R$ 25 mil.
Embora a legislação proÃba a venda de corpos humanos, clÃnicas de estética no Brasil contratam serviços de bancos de tecidos, que cuidam de toda a logÃstica, incluindo preparação, transporte e documentação.