As eleições municipais de 2024 no Brasil trazem um cenário de aumento significativo nos gastos de campanha. O Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) disponibilizou R$ 4,96 bilhões aos partidos políticos, o que representa mais do que o dobro do montante de R$ 2 bilhões das eleições de 2020. Essa mudança, portanto, revela uma estratégia mais intensa de investimento nas campanhas eleitorais.

A distribuição do FEFC, conhecido como Fundo Eleitoral ou Fundão, entre os partidos segue critérios estabelecidos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Assim, a distribuição de 2% do total ocorre igualmente entre todos os partidos registrados no TSE. Além disso, 35% vão para os partidos com pelo menos um representante na Câmara dos Deputados, proporcionalmente aos votos obtidos na última eleição.

Por outro lado, 48% da verba considera o número de representantes nas eleições municipais, enquanto 15% baseia-se no número de representantes no Senado.

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Os partidos que mais recebem recursos do FEFC incluem o PL com R$ 886,8 milhões, o PT com R$ 619,8 milhões e o União Brasil, que recebe R$ 536,5 milhões. Além disso, é importante ressaltar que a distribuição dos recursos entre os candidatos é uma decisão interna dos partidos, que devem respeitar os limites de gastos estabelecidos para cada cargo.

Os limites de gastos variam. Por exemplo, em municípios pequenos, os candidatos a vereador podem gastar até R$ 15,9 mil, enquanto para prefeito esse valor pode alcançar R$ 159,8 mil. Em São Paulo, as candidaturas a vereador podem chegar a R$ 4,7 milhões, e em caso de segundo turno, esses valores podem aumentar.

Essa situação demonstra como os recursos financeiros desempenham um papel crucial nas campanhas eleitorais, moldando, assim, a dinâmica política em todo o país.