O Hoje, O Melhor Conteúdo Online e Impresso, Notícias, Goiânia, Goiás Brasil e do Mundo - Skip to main content

quarta-feira, 10 de dezembro de 2025
Musculação

Creatinas fraudadas: alerta sobre marcas irregulares no mercado

Laudo revela fraude em 18 marcas de creatina vendidas.

Rikelme Santospor Rikelme Santos em 10 de outubro de 2024
creatinas
Foto: Reprodução - Freepik

Um novo laudo da Associação Brasileira das Empresas de Produtos Nutricionais (Abenutri) trouxe à tona a alarmante realidade do mercado de creatinas. Das 88 marcas analisadas, 18 foram reprovadas por apresentarem inconformidade entre o que está rotulado e o que realmente contém no produto.

Dessas, 10 marcas mostraram 100% de variação, ou seja, estavam completamente livres de creatina, substituída por farinhas ou outros ingredientes.

Creatinas reprovadas com 100% de variação:

  • AGE – Creatine Monohidratada
  • Cellucor – Creatin
  • Dymatrix Nutrition – Creatina Monohidratada
  • Generic Labs – Creatina Monohidratada
  • Impure Nutrition – Creatina
  • INTLAB – Power Creatina
  • Iron Tech Sports – Creatina Monohidratada
  • Muscle Pharm – Creatine
  • Tribe Nutrition – Creatina Monohidratada
  • NFT Nutrition – Creatina 100% Pura

Esse “boom” no consumo de creatina reflete um crescente interesse, não apenas entre atletas, mas também entre idosos e pessoas que buscam recuperar a massa muscular, como pacientes em tratamento de câncer. No entanto, essa demanda crescente se traduz em um aumento preocupante de fraudes, com produtos que não apenas enganam os consumidores, mas podem causar sérios danos à saúde.

A legislação brasileira permite uma variação de até 20% na composição das creatinas, mas as marcas reprovadas ultrapassaram esse limite de forma escandalosa. O impacto dessa fraude é profundo. Não só afeta o mercado legítimo, como também compromete o bem-estar dos consumidores que confiam na qualidade dos produtos adquiridos.

Leia também: Mr. Olympia 2024: Conheça Ramon Dino a esperança de título para o Brasil na principal categoria do evento

Mais alarmante ainda é o fato de que algumas dessas empresas são reincidentes. No laudo anterior, divulgado em 2023, várias marcas já haviam apresentado inconformidades, revelando um padrão de desrespeito à regulamentação. Isso aumenta a responsabilidade dos órgãos de saúde pública, que precisarão intensificar a fiscalização sobre essas empresas clandestinas.

Infelizmente, a situação é ainda mais complexa. Muitos fabricantes que operam de maneira irregular não são inofensivos; alguns fazem parte de quadrilhas que atuam contra a saúde pública. Essas organizações criminosas têm se adaptado, aproveitando tendências globais para lucrar à custa da população.

Recentemente, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) desmantelou uma quadrilha que adulterava suplementos, como whey protein e creatinas. Os criminosos compravam produtos com data de validade próxima ao vencimento, remarcavam as embalagens e, em alguns casos, reprocessavam substâncias “empedradas” para revender a preços inferiores ao mercado.

Esse cenário ressalta a urgência de um consumo crítico e cuidadoso de suplementos alimentares. Entretanto, a responsabilidade não deve recair apenas sobre o consumidor. A fiscalização e o controle rigoroso por parte dos órgãos reguladores são fundamentais para combater essa prática desonesta.

No ano passado, a creatina foi o suplemento esportivo mais pesquisado no Brasil, apresentando um crescimento de 30% em relação ao ano anterior, superando o whey protein. Essa popularidade, embora positiva, também aumenta a vulnerabilidade dos consumidores diante de fraudes.

Essas creatinas reprovadas comprometem a confiança dos consumidores e a integridade do mercado de suplementos. O alerta está lançado: a vigilância dos órgãos de saúde e o cuidado dos consumidores são essenciais para evitar danos maiores à saúde pública.

Siga o Canal do Jornal O Hoje e receba as principais notícias do dia direto no seu WhatsApp! Canal do Jornal O Hoje.
Tags:
Veja também